Sergipe fecha 1º semestre com saldo negativo na geração de emprego
Economia indica perda de confiança no mercado nacional para os próximos meses
Economia | Por Will Rodriguez e Saullo Hipolito 13/08/2018 14h55 - Atualizado em 13/08/2018 15h34

Enquanto a economia nacional tentar manter o mercado de trabalho aquecido, Sergipe fechou o primeiro semestre de 2018 com saldo negativo na geração de postos de trabalho com carteira assinada. É o que aponta o levantamento do Ministério do Trabalho, que indicou uma retração de quase um ponto percentual no nível de emprego em relação ao mesmo período de 2017.

De acordo com o ministério, os setores da Indústria e do Comércio puxaram o resultado negativo com o fechamento de mais de três mil postos de trabalho. Já a Construção civil e o setor de Serviços tiveram um desempenho satisfatório de janeiro a junho deste ano, completando o período com mais de 1.500 novas vagas de emprego.

Um dos sergipanos que conseguiu sair da fila do desemprego este ano foi o estudante universitário Saulo Dantas. Ainda cursando Engenharia Elétrica, ele conseguiu o primeiro emprego com carteira assinada e atribui a oportunidade aos cursos profissionalizantes que, segundo ele, diferenciaram o seu currículo.

“O que favorece é a força de vontade de enquanto não conseguir a vaga de emprego continuar sempre tentando se atualizar, procurando estar pronto para o mercado”, diz Bruno, que conseguiu uma colocação em uma concessionária de energia elétrica por meio de um processo seletivo que incluiu prova teórica de conhecimentos específicos, entrevista pessoal e exames psicotécnicos.

As projeções, no entanto, não são as melhores. Os dois indicadores de mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram piora no encerramento da primeira metade do ano. A queda, na avaliação de especialistas, mostra a perda de confiança em uma maior geração de emprego ao longo dos próximos meses.

“A atividade econômica mais fraca, observada pelos indicadores do primeiro semestre, reflete uma situação atual e futura dos negócios mais difícil. O crescimento está abaixo do previamente esperado e, com isso, a consequência deverá ser menor contratação”, afirma o economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho.

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