Por F5 News

O governo de Sergipe fechou o segundo quadrimestre com um superávit primário. De acordo com relatório apresentado nesta quinta-feira (9) pelo secretário da Fazenda, Jeferson Passos, na Assembleia Legislativa (Alese), embora o Estado tenha gastado mais do que arrecadou entre maio e agosto deste ano, após as deduções, as contas fecharam com um superávit primário de cerca de R$ 170 millhões.

O relatório da Sefaz mostra que as receitas somaram R$ 4,85 bilhões no 2º quadrimestre, uma perda de quase meio ponto percentual em relação ao mesmo período de 2015, quando elas totalizaram R$ 4,87 bilhões. A maior fatia (48%) é decorrente de transferências externas e a segunda maior parcela (31%) vem dos tributos.

Já as despesas, conforme informou a Sefaz, fecharam o 2º quadrimestre em R$ 4,86 bilhões, o que representa 3,3% a mais do que as despesas do mesmo período de 2015 que somaram R$ 4,7 bilhões. Quase 65% dos gastos do Estado se concentram com o funcionalismo, enquanto o custeio da máquina representa 24% das despesas.

Apesar dos gastos maiores do que as receitas, após as deduções derivadas de operações de crédito, rendimentos de aplicação, e dos encargos e juros da dívida, foi registrado um saldo superavitário em quase R$ 170 millhões, ainda assim, quase 45% menos do que o superávit do mesmo período do ano passado.   

O balanço do Sefaz demonstra que Sergipe está no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal com uma folha de pagamento que, em agosto, somou R$ 3,6 milhões, comprometendo 57,04% da Receita Corrente Líquida.

O grande gargalo das contas do governo estadual continua sendo a previdência. De acordo com a Sefaz, o Estado gasta quase o dobro do que arrecada com os aposentados e pensionistas. Para além disso, enquanto as receitas previdenciárias cresceram 3,9% no quadrimestre em questão, as despesas previdenciárias aumentaram 9%, diexando um rombo de mais de R$ 500 milhões.