Setor hoteleiro registra lotação máxima para período de São João
Mas expectativa é que ocupação em junho fique aquém da de 2012
Economia 15/06/2013 08h45

Por Sílvio Oliveira

Os principais hotéis localizados na orla da Praia da Atalaia, em Aracaju (SE), preveem que a ocupação no mês de junho seja abaixo das expectativas iniciais do setor, fechando em cerca de 65%, embora o feriado de São João já registre uma taxa de 100%. Em 2012, todo o período do ciclo junino foi considerado muito bom para a rede hoteleira.

O gerente do Celi Hotel, Wellingtom Leite, disse que junho iniciou aquém do esperado, mesmo com o estabelecimento lotado para o final de semana de São João. “Estamos trabalhando com uma expectativa menor do que 80% de ocupação. O ano passado junho foi um mês atípico, com hotel lotado”, afirmou.

O gerente do Mercure Hotel  Aracaju, Marcos Schonert, diz que o estabelecimento está com 100% de ocupação no período de São João, mas avalia que o mercado teve uma retração nos últimos meses. “Houve uma queda grande na ocupação. O segundo semestre ainda é imprevisível, mas estamos abaixo da expectativa”, contou.

Marcos Shonert explicou que a rede Accor Aracaju, da qual o Mercure Hotel faz parte, trabalha com um grande público corporativo, a exemplo da empresa Petrobras. Como a estatal teve queda nos lucros, houve reflexo também nos hotéis de Aracaju.

Turismo de eventos

O presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Sergipe, Manoel Lisboa, avalia que o problema vem sendo enfrentado na maioria dos estados brasileiros, por conta da conjuntura econômica por que passa o país. Porém, ele afirma que em Sergipe a situação é crítica porque 75% da ocupação da hotelaria se deve ao turismo de eventos. Como este ano decaíu o número de realizações de congressos, seminários e festas no estado, o setor vem sentindo e já fala em crise.

“Apesar do incentivo federal, da baixa na alíquota, da redução de impostos e de contas de energia, a economia não está respondendo e, como somos pequenos, o que acontece é muito grande”, resume.

Amadorismo

Junho e julho são os meses considerados bons para o turismo em Sergipe, quando acontecem os festejos juninos e as férias escolares. Mesmo assim, Kátia Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotel/ SE (ABIH/SE) e gerente do Xingó Parque Hotel, também acredita que o mês de junho fique aquém do ano passado. “Até nos feriados não conseguimos atingir o esperado”, afirma.

A falta de planejamento e da divulgação dos festejos juninos são apontados também como inibidores para que se pense numa boa temporada junina, já que outras cidades do Nordeste, a exemplo de Campina Grande (PB), Caruaru (PE) e até mesmo Salvador (BA) divulgaram enfaticamente os festejos juninos.

“Outras cidades já perceberam que há um retorno e se planejaram. A Bahia, que nunca teve tradição de festejos juninos, agora tem festa em tudo que é canto. Era para estarmos na frente, mas ainda continuamos amadores, sem profissionalismo”, critica Manoel Lisboa.

Foto: Accor

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