SPC estima que 58 milhões de brasileiros estejam com contas em atraso
Mutirão do Limpa Nome é boa oportunidade para negociar Economia 13/03/2016 08h05Da Redação
O número de consumidores com contas em atraso já soma 58 milhões de brasileiros e representa quase 40% da população entre 18 e 95 anos, segundo dados divulgados esta semana pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
O SPC estima que 3,4 milhões de novos devedores foram incluídos nas listas de inadimplentes desde o início de 2015, quando a estimativa apontava para 54,6 milhões de negativados.
O maior número de negativados está no Nordeste, com 15,4 milhões de pessoas. No entanto, em percentual da população adulta, este número representa 39,38%, o segundo menor, à frente apenas dos 35,86% da Região Sul, que possui 7,9 milhões de negativados.
Por outro lado, a região Centro-Oeste tem o menor número absoluto de negativados, 4,8 milhões, mas com um percentual relativamente alto do total da população adulta: 42,52% - atrás apenas da região Norte, onde 45,74% dos adultos estão inadimplentes e registrados em cadastros de devedores.
Segundo o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, a inadimplência deve continuar crescendo nos próximos meses, em razão da piora da economia e do aumento do número de desempregados. “Apesar de os bancos e comerciantes estarem restringindo a concessão de crédito, fator que limita em parte a capacidade de endividamento do consumidor, a aceleração da inflação tem prejudicado o planejamento financeiro dos brasileiros, já que há perda constante do poder de compra”, diz.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, acrescenta: “Além disso, a escalada nas taxas de juros também encarece as compras realizadas a prazo e dos financiamentos, dificultando ainda mais o pagamento em dia dos compromissos financeiros”, afirma. Em fevereiro, os juros médios no cartão de crédito chegaram a 419,6% ao ano, a maior taxa em 20 anos.
As pendências com contas básicas de Água e Luz registraram o crescimento mais elevado em duas das quatro regiões estudadas. “O aperto financeiro já impactou a capacidade de pagamento até mesmo das contas básicas do dia a dia”, explica Kawauti.
“Há vários meses as dívidas com os segmentos de serviços básicos para o funcionamento das residências têm crescido de modo substancial. Isso se explica pelo fato de que mais companhias de água e luz e comunicação passaram a utilizar a negativação de CPFs como forma de recuperar a pendência financeira de seus usuários antes de realizar o corte no fornecimento”, explica o presidente da CNDL.
Uma boa alternativa para quem está no sufoco são os feirões de negociação de dívidas. A partir desta segunda-feira (14) acontece em Aracaju o Mutirão do Nome Limpo, realizado pelo Procon Municipal, em parceria com a Federação do Comércio de Sergipe (Fecomércio).
Empresas dos mais variados segmentos do mercado sergipano participarão do evento, que visa atender mais de 8 mil pessoas durante os três dias de sua realização no ginásio Charles Moritz, do Sistema Fecomércio-Sesc, no Centro de Aracaju. As oportunidades de desconto podem chegar a 90% do valor total das dívidas dos consumidores, que terão plena condição de voltar a ter poder de compra por meio de crédito.
*Com informações do SPC Brasil e Fecomércio-SE


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