Taxa de água e esgoto e combustíveis pressionam inflação de Aracaju
IPCA de março deste ano foi o mais alto desde 2015 no país, diz IBGE
Economia | Por F5 News 10/04/2019 19h14 - Atualizado em 11/04/2019 16h23

Influenciada principalmente pela alta da taxa de água e esgoto e dos preços dos combustíveis, a inflação chegou a 1,21% no mês de março em Aracaju, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira (10) pelo IBGE. 

Depois do município de São Luís, que obteve índice 1,36% pela taxa de água e esgoto e gasolina, a capital sergipana obteve o segundo maior IPCA, perante as outras regiões pesquisadas, saindo de 0,54% em fevereiro para 1,21% no mês passado. A variação acumulada nos últimos doze meses foi 4,75%. A menor variação, no terceiro mês do ano, foi de Goiânia com 0,12%, em razão das quedas observadas nos preços do etanol (-4,37%) e da gasolina (-2,47%). 

A taxa de esgoto, representada no grupo de Habitação, foi reajustada na capital desde o dia 1º de março a 5,89%, registrando uma variação no mês de 5,51%. No item, que no país obteve 0,46%,  ocorreu a apropriação da variação de 22,29%, em São Luís, que reproduz o mesmo reajuste médio em vigor desde 09 de fevereiro, e de 15,86%, em Fortaleza (3,07%), em vigor desde 24 de março.

O aumento de combustível também levou a capital sergipana a obter o terceiro maior índice de variação: 5,45% na gasolina e 6,94% no etanol; o diesel não obteve resultado. A inflação de Aracaju também sofreu influência dos preços dos alimentos e bebidas, sendo o quarto maior índice (1,78%), atrás de São Luís, Campo Grande e Fortaleza; na alimentação em domicílio, o terceiro maior índice (2,77%), atrás de São Luís e Campo Grande. 

O estudo apresentou os cálculos do índice, que se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.  

Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro a 29 de março de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2019 (base).

No país

O IPCA de março deste ano que chegou a 0,75% foi o mais alto desde 2015, quando chegou a 1,32%, aceleração determinada pela alta de 1,37% nos preços dos alimentos e bebidas e de 1,44% dos transportes, diante o aumento dos combustíveis. Juntos, esses grupos responderam por 80% do índice do mês. Todos os grupos pesquisados no IPCA subiram de preço, exceto Comunicação, que com -0,22% foi o único com deflação.

O índice acumula altas de 1,51% no primeiro trimestre do ano e de 4,58% nos últimos 12 meses. O preço dos alimentos subiu pressionado pelo tomate, pela batata-inglesa,feijão-carioca e pelas frutas. Já o outro vilão, o grupo de transportes, acelerou 1,44% em março, devido à alta de 3,49% nos combustíveis, tanto a gasolina (2,88%) quanto do etanol (7,02%); além do aumento nos preços nas passagens aéreas (7,29%) e ônibus urbanos (0,90%).

Problemas na safra e estoques baixos mais que dobraram o preço do feijão no primeiro trimestre, e o índice de março reflete em parte o aumento de de 10,82% no preço da gasolina na refinaria, concedido pela Petrobrás entre 27 de fevereiro e 29 de março, período de coleta do IPCA, segundo o pesquisador Fernando Gonçalves.

*Com informações do IBGE

 

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