Taxa de desemprego em Sergipe atinge 16% em setembro, aponta IBGE
Foi o nono maior aumento registrado nesse quesito entre todos os estados do país
Economia | Por Saullo Hipolito* 23/10/2020 20h00

Em setembro o número de desempregados ou desocupados em Sergipe atingiu 147 mil pessoas, o que representa um aumento de 16% em relação ao mês anterior, agosto, quando esse universo contabilizou 114 mil pessoas. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no bojo da PNAD Covid-19. Segundo o relatório, esse é o maior aumento verificado historicamente em pesquisas do IBGE.

Se comparado apenas aos demais estados do Nordeste, Sergipe foi o quinto com maior aumento, atrás de Bahia, Maranhão, Rio Grande do Norte e Alagoas. Já em relação ao avanço negativo com todas as unidades federativas, Sergipe registrou o nono maior aumento.

Essa realidade acontece, segundo o relatório, porque no período houve mais pessoas realizando busca por emprego, sem uma oferta correspondente de vagas no mercado de trabalho.

Essa taxa representa o número de pessoas que tomaram alguma providência para conseguir trabalho e que estavam disponíveis para assumir uma ocupação. Ela não leva em consideração as pessoas que estavam fora da força de trabalho, isto é, pessoas em idade produtiva que não tentaram se encaixar no mercado. No Brasil, a taxa de desocupação variou entre 19,6%, na Bahia, e 7,8% em Santa Catarina.

Em relação às pessoas fora do mercado, que totalizaram 917 mil, 397 mil gostariam de trabalhar, apesar de não terem procurado ocupação. Esse contingente, que vinha crescendo desde maio e chegou ao maior valor da série histórica em agosto, apresentou queda no mês de setembro. De outras 445 mil pessoas, 266 mil disseram que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de oportunidades em seus locais de moradia. Em agosto, essas pessoas somavam 322 mil. Já o proxy (termo econômico que indica aproximação, estimativa) da taxa de informalidade aumentou em setembro, chegando a 45,3%. Em números absolutos, isso significa dizer que a ocupação principal de 351 mil das 775 mil pessoas ocupadas em setembro era no âmbito da informalidade.

Totalidade

O documento ainda aponta que, somados, ocupados e desocupados, contabilizam 922 mil pessoas. O restante da população em idade de trabalhar compõe o grupo caracterizado como “pessoas fora da força de trabalho”, isto é, os indivíduos que nem estavam trabalhando, nem procurando um trabalho.

Em setembro, essas pessoas somavam 917 mil, depois de ter chegado a 983 mil em agosto, ou seja, esse número vem apresentando queda. Ainda, a taxa de participação na força de trabalho cresceu pela primeira vez desde o início da pesquisa, chegando a 50,1%. Em agosto, essa taxa era de 46,6%.

Já o nível da ocupação, que havia ficado estável em agosto, com 40,2%, apresentou um aumento, chegando a 42,1%. O nível de ocupação representa o percentual de pessoas ocupadas no total da população em idade de trabalhar.

* com informações do IBGE.

Edição de texto: Monica Pintosh
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