A Fafen permanece aberta em Sergipe – ainda bem
Reversão da proposta do Governo Federal salva do desemprego um contingente de 4 mil trabalhadores
Editorial | Por Monica Pinto 23/09/2018 12h00 - Atualizado em 23/09/2018 15h45

O fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) – ou “hibernação”, como dizia o Governo Federal – tinha toda a feição de uma verdadeira tragédia social para Sergipe. O deputado Laércio Oliveira, sob cuja condução ficou a defesa da Fafen na bancada parlamentar sergipana, comentou que seriam perdidos 1500 empregos, somados os diretos e os indiretos. Mas o número de desempregados alcança 4 mil nos cálculos do secretário de Desenvolvimento do Estado, José Augusto Carvalho, tendo em vista a Fafen ser a base da cadeia de fertilizantes, sobre a qual funcionam misturadoras, transportadoras e outras empresas de prestação de serviços variados.

No aspecto da macroeconomia, Carvalho argumentou que fica em Sergipe a única mina brasileira de potássio, um dos três componentes do fertilizante, e que o setor produtivo do agronegócio se mantem como o exclusivo em crescimento no país. “Mexer na Fafen pode significar mexer no abastecimento brasileiro de fertilizantes”, disse ele à imprensa.

Mas é no campo social que os impactos seriam desastrosos de imediato. Um contingente de quatro mil desempregados em uma só tacada, num cenário de crise como o que vivemos, significa o triunfo da desesperança, a pá de cal no já combalido comércio de Laranjeiras, entre outros efeitos que a ninguém poderiam agradar.

Ganha todo o estado com a reversão dessa proposta. Parabéns, Sergipe, cuja mobilização de governo, parlamentares e sociedade conseguiu tamanha vitória, no interesse não só da economia, mas da manutenção da paz social.

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