Um noticiário que nutre a esperança
Há muitos exemplos que atuam no sentido contrário ao jornalismo “mundo cão”, ao priorizar boas notícias Editorial | Por Monica Pinto 22/08/2018 07h30 - Atualizado em 22/08/2018 13h37O editorial publicado no domingo (19) - O mundo está melhor (embora não pareça) - teve uma repercussão que demonstra a avidez de uma parcela da população por notícias boas, em contraponto à avalanche de tragédias propagadas diuturnamente, principalmente pela chamada indústria midiática. Mas, ao que parece, alguns de seus representantes já contemplam tal demanda por positividade, como revela uma breve pesquisa sobre o assunto.
Em abril passado, o portal G1, das Organizações Globo, criou a seção “Olha que legal”, com o objetivo de “mostrar que tem muita coisa boa acontecendo no Brasil e em todos os cantos”.
Por sugestão de sua filha, o jornalista Rinaldo de Oliveira, então repórter do Jornal da Band, criou já em 2011 o site “Só Notícia Boa”, definido por ele como “uma plataforma de jornalismo positivo – com vídeo, áudio e texto – criada para ser uma alternativa para o público, cansado do noticiário violento da grande mídia”.
O portal “Razões para Acreditar” não apenas divulga fatos edificantes, capazes de melhorar o humor e o grau de esperança dos leitores, como promove ações beneficentes em parceria com a iniciativa privada. Sua página no Facebook é seguida por quase 730 mil internautas.
Há muitos outros exemplos que atuam no sentido contrário ao jornalismo “mundo cão”, há décadas baseado na máxima “If it bleeds, it leads” – adaptada para o português como “se tem sangue, é manchete”. Porém, em níveis nunca antes observados, o público alvo da imprensa pode selecionar com que tipo de informação quer passar seu dia. Uma realidade com potencial para levar o mercado midiático a um novo parâmetro editorial e um convite a cada pessoa para refletir sobre que tipo de sentimento quer disseminar em suas redes sociais.
