“A situação da saúde é desesperadora”, diz Venâncio Fonseca
Política 24/10/2011 19h45

No grande expediente da sessão desta segunda-feira, dia 24, da Assembleia Legislativa, o líder da bancada de oposição, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), questionou o que foi dito pelo secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, durante audiência pública realizada na última quinta-feira, na sala das comissões da Casa, diante da situação em que vive atualmente a saúde no Estado. Segundo ele, quem ouviu a explanação dele imagina que Sergipe está às mil maravilhas, na maior tranquilidade, no que se refere à saúde.

“A pessoa trabalhar numa pasta complicada como a Saúde, vir do Ministério Público de uma audiência quando foi apresentada uma denúncia assinada por 38 médicos sergipanos sobre o que acontece no setor de oncologia, faltando 25 remédios contra o câncer, como foi manchete do Cinform, e ele conseguir realizar uma palestra tão tranquila daquela é impressionante. Porque a situação da saúde é desesperadora”, afirmou, acrescentando que a situação é totalmente diferente do que ele explanou.

Venâncio Fonseca disse que diante das denúncias feitas pelos médicos sobre a oncologia e a situação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que foi mostrada pelo programa Fantástico, da Rede Globo o ex-secretário da Saúde, o deputado federal Rogério Carvalho, ainda foi ao programa radiofônico do também deputado estadual Gilmar Carvalho falar sobre os benefícios advindos da criação das Fundações Estatais. “Pelo amor de Deus, é uma falta de respeito ao povo sergipano. As Fundações já nasceram quebradas, falidas e agora está devendo muito dinheiro. São mais de R$ 50 milhões de dívidas, segundo a imprensa. Está devendo a todo mundo, a fornecedores, médicos, funcionários, sem crédito, uma situação de falência total”, afirmou.

O líder da oposição questionou o posicionamento do ex-secretário de Saúde em dar uma entrevista dizendo que a saúde teve um avanço importante. “Se a intenção dele é implantar em Aracaju o que implantou na Saúde, a situação vai ficar difícil na nossa capital. A saúde da prefeitura está desmantelada e conseguiu desmantelar no governo do Estado”, disse. Venâncio Fonseca acrescentou que o problema não é financeiro, pois são mais de R$ 700 milhões repassados pelos cofres do governo do Estado, o correspondente a 12% do Orçamento, fora os convênios do governo federal.

O parlamentar disse que ele, assim como a população, fica irritado quando vê a propaganda da saúde sendo veiculada nas emissoras de televisão e de rádio. “Essa propaganda está irritando a população, porque é mentirosa, enganosa, falsa, é a propaganda cara de pau. E o pior é que o povo está pagando a propaganda”, disse, acrescentando que, enquanto isso, a aparelhagem em funcionamento está em precárias condições, quebrados, ultrapassados, faltando remédios. “E vem o secretário fazer uma palestra nas comissões mostrando aquela tranquilidade toda”.

 

Hospital do Câncer

Venâncio Fonseca disse que muito se falou sobre a construção do Hospital do Câncer em Sergipe. Ele relatou que quando o senador Eduardo Amorim (PSC) começou a campanha colhendo assinaturas para a construção do hospital o governo do Estado informou que já tinha disponível R$ 50 milhões para esse fim. A campanha do senador previa uma emenda de R$ 20 milhões. “O hospital estava orçado em R$ 100 milhões, diminuíram para R$ 60 milhões e agora o governo diz que não tem mais os R$ 50 milhões. Aquilo era só para tirar forças da campanha que estava sendo empreendida pelo senador Amorim. E nós estamos vendo que este governo não tem planejamento de nada”, afirmou.

Ainda em seu pronunciamento, o líder da oposição disse enquanto a saúde está nessa situação existem hospitais e serviços de saúde podendo ser inaugurados, mas que continuam sem funcionar porque estão esperando a vinda da presidente da República Dilma Rousseff para inaugurar. “Nem libera o dinheiro nem vem a Sergipe pelo menos para liberar as unidades, porque a saúde está um caos. Pelo menos faça isso, mas nem a Sergipe quer vir. Que situação”.

O deputado informou ainda em seu discurso que Sergipe ainda não conseguiu liberar uma emenda ainda este ano, segundo noticia a imprensa sergipana. “Não estão conseguindo nada e Sergipe passando todas essas dificuldades. Esta é a situação que estamos encontrando hoje. Se for para o setor de educação é a mesma coisa: escolas caindo, faltando professor, devendo aos contratados. E esse governo dizendo que só fazia as coisas com dinheiro na mão”, afirmou.

Da Agência Alese

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