Acompanhe ao vivo o julgamento: Gilmar Mendes vota pela suspeição de Moro
Sessão foi pautada pelo ministro Gilmar Mendes, presidente da 2ª Turma do STF Política | Por F5 News 09/03/2021 17h25 - Atualizado em 09/03/2021 18h50O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou na tarde desta terça-feira (9) pela suspeição (parcialidade) do ex-juiz federal Sérgio Moro, no caso do triplex do Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato, que condenou o ex-presidente Lula.
A sessão foi pautada pelo próprio ministro Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma e, por isso, responsável pela divulgação da pauta de julgamentos. A inclusão do processo em pauta ocorre um dia depois de o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, ter anulado as condenações de Lula na operação.
O ministro Edson Fachin chegou a pedir o adiamento do julgamento, mas foi voto vencido.
Em uma longa explanação, Gilmar enumerou as razões pelas quais Moro deveria ser declarado suspeito e atacou a atuação de procuradores e da Justiça Federal de Curitiba nas investigações afirmando que "não se combate crime cometendo crime".
O ministro analisou todas as alegações apresentadas pela defesa do ex-presidente para solicitar a suspeição, entre as quais Sérgio Moro ocupar o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, e declarou que "não podemos aceitar que o combate a corrupção se dê sem limites".
Após intervalo de 10 minutos, a sessão foi retomada, na sequência o ministro Kássio Nunes Marques preferiu não votar, alegando que precisava de mais tempo para preparar o voto e pediu vistas.
A ministra Carmem Lúcia disse que já tem o voto escrito, mas prefere aguardar o voto do ministro Nunes Marques. Vota neste momento o ministro Ricardo Lewandowski.
No habeas corpus, a defesa de Lula levanta diversos argumentos para tentar demonstrar a parcialidade de Moro no processo do triplex do Guarujá (SP), em que o ex-presidente foi condenado em 2017, pelo então juiz. Antes de ser anulada por Fachin, a condenação foi confirmada no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Recentemente, por decisão de Lewandowski, os advogados tiveram acesso a diálogos entre Moro e procuradores da Lava Jato em Curitiba, obtidos pela Polícia Federal (PF) na Operação Spoofing. O material tem sido utilizado pelos defensores para embasar a argumentação contra o ex-juiz.





