Adelson não quer ser discriminado por ser filho de pintor e doméstica
Ele diz confiar em Valadares e apela para ter nome incluso em pesquisas Política 17/11/2011 12h08Por Joedson Telles
Por mais que tente, o deputado estadual Adelson Barreto não consegue persuadir quem acompanha a política em Sergipe que não teme que o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) deixe de cumprir o acordo pelo qual as pesquisas apontarão quem disputará a Prefeitura de Aracaju pelo partido, ele ou o deputado federal Valadares Filho. Na sessão desta quinta-feira, dia 17, da Assembleia Legislativa, Adelson usou a tribuna e voltou a tocar no assunto.
Assim como já havia feito durante o Congresso do PSB, na última sexta-feira 11, o deputado ratificou sua densidade eleitoral em Aracaju, lembrou que já teve um mandato de deputado federal “arrancado das mãos” e apelou. “O PSB não vai me discriminar. Vou estar nas ruas em igualdade com o deputado Valadares Filho. Não serei discriminado por morar no (bairro) Mané Preto. Por ser filho de um pintor e uma doméstica”, salientou, ratificando que anda em Aracaju, conhece os problemas e trabalha dia e noite pelos mais pobres.
Para ilustrar a forma humilde com que iniciou sua vida pública, o deputado lembrou que quando disputou a eleição para vereador de Aracaju, em 1996, por exemplo, o ‘santinho’ era improvisado num pedaço de página de caderno qualquer. “Eu escrevia meu número, dava as pessoas e fui o vereador mais votado”, disse, lembrando que trabalhou tanto naquele ano para ter um mandato que, ao final, foi parar num hospital em coma, só tomando conhecimento da vitória dias depois que o resultado da eleição foi divulgado.
Adelson Barreto observou ainda que o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, disse em alto e bom som, durante o congresso, que ele e o deputado Valadares Filho são pré-candidatos pelo partido. “Pairava na cabeça de muita gente a dúvida que Adelson poderia não ser candidato. Mas ele disse que o PSB tem dois pré-candidatos: Valadares Filho e Adelson Barreto. E disse: ‘estou emocionado com sua história’. Então, quero solicitar humildemente aos institutos de pesquisas que não deixem de incluir meu nome. Sou oficialmente pré-candidato”, insistiu.
O deputado observou, por fim, que trabalha pelos mais humildes por acreditar que é político por sacerdócio. Isso lhe obriga a deixar o gabinete muitas vezes depois da meia noite. Trabalhar de domingo a domingo e estar há oito anos sem ir à praia. “A política é para fazer o bem. É fácil você saber o amor que a pessoa tem a Deus: se mede pelo bem que ela faz as pessoas”, filosofou.


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