Aécio diz em SE que o PT abdicou de um projeto de país por um de poder
Senador não admite candidatura a presidente, mas fala 'como candidato'
Política 26/09/2012 16h00

Por Joedson Telles

O senador Aécio Neves (PSDB), que desembarcou em Sergipe, na tarde desta quarta-feira 26, para declarar apoio as candidaturas de João Alves Filho (DEM), a prefeito de Aracaju, e a Valmir de Francisquinho (PR), em Itabaiana, disse na cidade serrana, ao ser provocado sobre uma candidatura sua a presidente da República, em 2014, que, como mineiro, não coloca o carro antes dos bois, mas que o PSDB sairá bem das eleições 2012 - até melhor do que imaginava. Por conta disso, o senador diz que a legenda apresentará um projeto alternativo ao que está sendo executado no País pela presidenta Dilma Roussef (PT).

“Um projeto mais generoso com os municípios e com os Estados. Eu falo, inclusive, da refundação da Federação. Nós temos hoje uma concentração  perversa de receita e recursos nas mãos da União, o que impossibilita que os municípios e Estados enfrentem de forma adequada suas dificuldades. Essa concentração tem feito com que cada vez mais Estados e municípios tenham que investir mais em saúde, educação, segurança pública e o PSDB é aquele que mostrou Lá atrás (governo Fernando Henrique Cardoso) que teve a coragem a ousadia para fazer as grandes reformas que nos trouxeram até aqui”, disse.

Segundo Aécio Neves, a agenda do futuro, dos próximos 20 anos, não foi apresentada pelo PT. “Ao meu ver, o PT abdicou de ter um projeto de país para se contentar exclusivamente com um projeto de poder. Queremos apresentar uma nova ousada e generosa agenda para o Brasil, que nos possibilite crescer, não de forma pífia como estamos crescendo este ano, em torno de 1,5%, praticamente, o mesmo que crescemos o ano passado, mas crescendo de forma vigorosa, não apenas nos discursos, mas na prática, com oportunidade de trabalho e esperança para nossa gente”, disse.         

Sobre o julgamento do mensalão que tem adversários do PT no banco dos réus, Aécio Neves disse que, acima dos partidos políticos, os brasileiros esperam um Brasil melhor depois do julgamento do mensalão. Segundo ele, um Brasil onde a ética não seja só uma palavra vazia a ilustrar discursos, mas um componente essencial para quem queira fazer vida pública.

“A política é absolutamente fundamental em qualquer democracia. O que nós precisamos não é acabar com a política. O que nós precisamos é requalificar a política. E este julgamento, que eu espero que seja um julgamento técnico até o final acredito muito na isenção na história e na própria experiência dos juízes do Supremo Tribunal Federal que irão absolver aqueles sobre os quais as provas não existirem e vão condenar aqueles que cometeram atos ilícitos – sobretudo quando estavam em cargos de poder”, disse.

Ainda sobre o mensalão, o senador ressaltou que espera que a impunidade, que talvez tenha sido a marca mais presente na vida do Brasil, nas últimas décadas, deixe de ser a partir de agora. “Esperamos que aqueles que estejam na vida pública saibam agir de acordo com à expectativa e à confiança que tiveram dos brasileiros. Vamos ter um Brasil melhor, depois do julgamento do mensalão”, disse.   

O senador Aécio Neves, circulou pelas ruas de Itabaiana ao lado do colega de Senado, Eduardo Amorim (PSC), do candidato Valmir de Francisquinho, da sua vice, Lourdes Machado (PSDB), do empresário Edvan Amorim e do presidente do PR, o deputado federal Laércio Oliveira. “Sempre que venho a Sergipe, sou bem recebido pelos amigos que meu avô (Tancredo Neves) tinha aqui. Vim trazer minha palavra de apoio a Itabaiana, à chapa de Valmir, e de João Alves (Aracaju)”, disse Aécio Neves.       

Com reportagem e foto de Aline Aragão

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