Alessandro Vieira quer flexibilidade da posse de armas e fim de reeleições
Candidato pela primeira vez, ele defende um mandato com ações participativas Política | Por Milton Alves Júnior e Will Rodriguez 11/09/2018 07h00 - Atualizado em 11/09/2018 07h21Filiado ao Partido Rede Sustentabilidade, Alessandro Vieira se candidata pela primeira vez, ao Senado, com a proposta de ‘purificar’ o Congresso Nacional, votar contra as reformas elaboradas pelo Governo Federal, e gerar avanços paulatinos para os 75 municípios do Estado de Sergipe. Com R$ 50 mil a serem investidos na campanha, Vieira diz enfrentar uma concorrência ‘desleal’ diante dos investimentos adversários.
Formado em Direito, Alessandro Vieira é o segundo candidato ao Senado a participar da sabatina promovida pelo por F5 News.
F5News - A entrada do senhor na política se deu após um momento conturbado que o levou à exoneração do cargo de delegado geral da Polícia Civil. Como o senhor explica ao eleitor que esse anseio político não é momentâneo?
F5N - Candidato, sobre a Reforma da Previdência, caso o senhor seja eleito, qual a proposta para se discutir este assunto?
AV – É preciso debater, a reforma da Previdência é necessária e inadiável, mas ela não precisa acontecer como está sendo proposta pelo governo Temer. Você precisa discutir com a sociedade, apresentar o verdadeiro rombo, os dados que esse governo apresenta, assim como os dados do governo estadual não são confiáveis; Você precisa saber com clareza o que acontece, cortar os privilégios e os abusos que existem na previdência e a partir daí traçar o que é necessário para conviver com a previdência pesada que o Brasil tem de ter. A população está envelhecendo, então é natural que vá mexer na idade mínima, isso ai é quase que unânime, o brasileiro passou a ter uma expectativa de vida maior, você tem que aumentar também a idade para a aposentadoria. Você não precisa aumentar o tempo de contribuição, me parece que não é uma coisa necessária. Você precisa ter regramentos e legislações que evitem as mexidas políticas ao longo do tempo, o sistema tem que permanecer ao longo do tempo para ter estabilidade e ser viável.
F5N - Qual sua opinião sobre a questão da reforma política e quais pontos o senhor pretende defender caso seja eleito?
AV - Defendo imediatamente a extinção da reeleição para cargos majoritários - prefeito, governador, presidente e senador. Apenas um mandato é suficiente para você dar sua contribuição. Política não é profissão, política é uma prestação de serviço à sociedade. A gente precisa tornar nossa política mais dinâmica, permitir a renovação de quadros, tirar o estimulo da permanência eterna. Tem que ter um sistema que seja mais fácil de fiscalizar. Eu defendo o sistema distrital misto, onde teríamos uma eleição regionalizada, mais barata, mais facilmente controlada pelo eleitor, e uma outra eleição paralela, com pautas ideológicas através de listas partidárias. Defendo também a candidatura avulsa, a gente tem de acabar com a ditadura dos partidos. O Brasil vive um momento profundo de sensação de impunidade e imobilismo, parece que não há jeito para nada.
F5N - Muito se fala sobre uma reforma tributária que favoreça a produção em detrimento da especulação, e que seja mais justa e menos burocrática. O que o senhor pensa sobre isso?
F5N - Você acha que isso seria suficiente para mudar nosso contexto político? O que adianta não ter a reeleição e ao mesmo tempo o eleitor não contar com um quadro qualificado, suficiente para fazer essa renovação?
AV - Nos últimos dois anos existe no Brasil o surgimento de grupos de criação de novas lideranças políticas. Esses movimentos têm feito o papel dos partidos e apresentado novas lideranças, mostrando cenários nacionais, assim como mundo afora. A gente precisa de uma reforma contundente para fazer um cenário novo.
F5N - Ainda que o senhor tenha optado por não fazer coligação nesse momento, quando se chega ao Senado é preciso buscar aliança. O sistema exige que se busque o apoio para viabilizar as tramitações de um projeto. Como é que Alessandro Vieira vai transitar com o discurso de promover novo alinhamento político?
AV – Você consegue fazer isso pela qualidade das propostas e pelo apoio público que elas vão ter. Você tem um exemplo muito claro que é a Lei da Ficha Limpa. Acha que esse congresso com 280 processados queria a Lei da Ficha Limpa? O presidente Lula que assinou a lei queria ela? Eles fizeram porque o povo exigira. A gente precisa quebrar essa barreira de comunicação, o povo precisa participar do processo, precisa entender a importância de um reforma tributária, quanto isso vai gerar de emprego, quanto vai gerar de renda, tenho a certeza que a política não se coloca no papel do cidadão. Nós temos hoje no Congresso um grupo pequeno de bandidos, que mereciam estar na cadeia há muito tempo e esse grupo consegue manipular as vontades, mas a imensa maioria ali tem na verdade uma falta de qualidade, não consegue elaborar um projeto mais complexo e ficam reféns da vontade de seus lideres. Então, a gente quer o povo participe desse processo.
F5N - Flexibilizar a legislação que trata do porte e da compra de armas ou reduzir ao máximo o acesso da população a elas?
F5N - Se o senhor não tiver êxito neste projeto ao Senado agora, o senhor pretende deixar a vida política ou vai continuar buscando um espaço?
AV – Nós temos uma visão de necessidade de renovação na política em Sergipe e no Brasil, e isso não acaba esse ano, a gente tem sim um desejo de ajudar mais pessoas. Um dos pontos mais importantes da campanha é ver pessoas comuns se aproximando da política e entendendo a importância. Então, isso não acaba agora não, a renovação chegou pra ficar em Sergipe.
F5N - Em quanto tempo a população vai poder sentir essa renovação que você tanto fala?
F5N - Existe no Congresso Nacional um projeto que está na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) que propõe facilitar a obtenção de recursos para aumentar os investimentos no setor de saneamento em todo o país. O que pensa sobre a alteração na Lei Nacional de Saneamento?
AV - É preciso aumentar o nível de investimento no saneamento básico, é um absurdo que Sergipe esteja no nível atual, abaixo da média brasileira... É preciso aumentar o investimento. O que não pode aumentar são os tributos e novas taxas, a gente tem de trabalhar com o que tem. E aí vai na parte de conhecimento de dados, cortando os desperdícios, os privilégios, os desvios. Especialmente em áreas tão sensível como o saneamento básico.
F5N - No atual contexto econômico dos municípios e estados, há necessidade de um novo pacto federativo?


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