Antes de sair do comando, Rezende representou criminalmente Samuel
Ex-comandante teria impedido a PM de baixar um som na casa de sua mãe
Política 16/05/2012 11h58

Por Joedson Telles

O coronel Aelson Rezende, que deixou o comando da Polícia Militar de Sergipe, na última terça-feira 15, e está indo para a reserva, moveu uma representação criminal contra o deputado estadual Samuel Barreto (PSL). Então comandante, o coronel ficou insatisfeito com um pronunciamento do parlamentar, na tribuna da Casa, comentando ser “o fim da picada” a informação de que houve uma festa na residência de familiares de Rezende, o Pelotão Ambiental da PM foi acionado para baixar o som, mas o coronel Aelson Rezende usou da hierarquia para evitar a ação dos militares.

“Eu não vou nem usar a Constituição que diz que a fala do deputado aqui na tribuna é inviolável. Ele se baseia numa matéria que eu disse que era o fim da picada sem dizer nome. Mas, agora, eu digo: houve a festa na casa da mãe dele e o soldado está com medo de dizer. Mas houve a festa, o pelotão foi acionado e impedido de agir. Soube da representação hoje, mas não estou preocupado”, disse Samuel, considerando correta a atitude do governador Marcelo Déda, ao trocar o comandante. “Ele (Rezende) estava perdido”.

O deputado Samuel recebeu a solidariedade da Casa nas pessoas do líder da situação, Francisco Gualberto (PT), e da oposição, Venâncio Fonseca (PP). “Temos embates nesta Casa e vamos continuar tendo, mas nesta questão estou ao seu lado. Fomos eleitos pelo povo. Não se preocupe que isso não dá em nada”, disse Francisco Gualberto, salientando a inviolabilidade da fala dos deputados. “Isso é o símbolo da incompetência. Veja só: não tem noção que somos invioláveis. Imagine este comando com um soldado? É ridículo”, comentou Venâncio.       

Na época, o deputado Samuel referiu-se a uma suposta ordem que teria partido do coronel Rezende, proibindo que a PM fiscalizasse um som alto dentro da casa de sua mãe, durante uma festa, realizada no dia 5 de maio. A denúncia foi dos vizinhos, que teriam ligado para o CIOSP mais de 30 vezes. “Se isso aconteceu, deixa mais do que claro que o comando está perdido e está botando o governo para perder. Isso é o fim da picada, o comandante proibir a ação da polícia de atender a reivindicação do povo”, disse Samuel Barreto.

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