Caça Fantasmas: ex-secretário Roberto Góis é ouvido como testemunha
Política 09/04/2018 17h05 - Atualizado em 09/04/2018 17h13

Por F5 News

O Ministério Público Estadual (MPE) divulgou nesta segunda-feira (09) trechos de mais um depoimento da Operação Caça Fantasma, que apura supostas contratações irregulares na Prefeitura de Aracaju, durante a gestão de João Alves Filho (DEM), de 2013 a 2016. Foi a vez do ex-secretário da Articulação Política, Roberto Fontes Góis, prestar esclarecimentos aos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

A oitiva aconteceu na semana passada e durou cerca de 20 mininutos. Segundo o MPE, Roberto Gois, que ocupou a pasta de forma interina, por seis meses, figura como testemunha no processo e não há indícios de que ele teria indicado funcionários fantasmas. Ainda de acordo com a promotoria, o depoimento dele vai fortalecer as denúncias que foram feitas.

No depoimento, Roberto Góis afirmou que apenas 10% dos funcionários, da folha que contava com 89 servidores, trabalhavam. “Eu tomei susto, oitenta e nove servidores! E eu perguntei onde estariam esses funcionários, e ela disse: só trabalham esses que o senhor está vendo aqui...”.

Ele disse ainda que não concordou com a situação, mas recebeu ordens da ex-secretária de Governo, Marlene Calumby, para não mexer na secretaria. Roberto diz que procurou a ex-secretária pessoalmente para questionar a situação.

“A senhora sabe que sempre tem alguém que tem padrinho forte, e ai eu fui convocado, pela doutora Marlene, que era secretária de Governo, para não mexer na secretaria, que eu estava ali interinamente e que o futuro secretário que fosse nomeado que faria as mudanças necessárias...”, diz um trecho do depoimento.

A promotoria questionou também sobre nomeações feitas na época em que Roberto Góis era o titular da secretaria e mostrou uma lista com vários nomes. Alguns desses nomes, Roberto disse que foi ele mesmo que nomeou e que eram servidores que trabalhavam, mas a maioria ele não conhecia. “O prefeito ou secretária nomeavam e depois de dias chegava o decreto para assinar”.

O advogado Guilherme Maluf, que acompanhou a oitiva, confirmou que Roberto foi ouvido apenas como testemunha e reafirmou que ele ficou interinamente na pasta e que não mexeu nos cargos.

A defesa da ex-secretária de governo Marlene Calumby não foi localizada para falar sobre o assunto.

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