Candidatas laranjas: deputados do MDB prestam depoimento na sede da PF
PF apura candidaturas de mulheres que teriam sido usadas como laranjas em Sergipe Política | Por F5 News 02/09/2019 14h39 - Atualizado em 02/09/2019 16h31A Polícia Federal, a pedido do Ministério Público Eleitoral, investiga candidaturas de mulheres que supostamente teriam sido usadas como laranjas em Sergipe, no pleito de 2018, e que envolve vários partidos. Três deputados estaduais do MDB, Luciano Bispo, Garibalde Mendonça e Zezinho Guimarães, prestaram esclarecimentos na sede da Superintendência da PF no estado nesta segunda-feira (2).
A possível fraude começou a ser apurada no início deste ano pela Procuradoria Regional Eleitoral, órgão do Ministério Público Federal, após obter conhecimento de que candidatas a deputada estadual teriam sido usadas como laranjas na disputa do pleito eleitoral do ano passado para desviar recursos de campanha. Pelo menos três partidos foram citados na investigação e representantes foram ouvidos.
Segundo a Procuradoria, os indícios apontam que candidatas que não fizeram campanha teriam recebido doações e financiamentos, no entanto, os recursos teriam sido desviados do fundo partidário. Ainda conforme a apuração, os repasses de recursos para as candidatas foram declarados, no entanto, os valores não eram efetivamente repassados e permaneciam em poder das agremiações.
Na época, foram ouvidas as candidatas Marleide Cristina dos Santos (MDB), Ieda Suzana Walois Rodrigues Nascimento (PSDB), Alessandra Maia Vasconcelos Santos (PSDB), Vanessa Sotero da Silva (PSDB), Djane Montalvão da Luz (PSB), Jutailde Gomes Sá Barreto (PSB) e Maria Izabel dos Santos Vieira (PSB).
Os parlamentares compareceram hoje à sede da PF e prestaram depoimento. "Eu desconheço porque esse processo ainda está em segredo de justiça, a gente não pode estar falando muito para que não possa prejudicar o próprio processo. Estamos tranquilos", disse em entrevista à TV Atalaia Luciano Bispo, presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, acompanhado de Zezinho Guimarães e Garibalde Mendonça.
"Nós não participamos absolutamente de nada e só viemos esclarecer alguns pontos que o delegado desejou de algumas informaçoes nossas. O que a gente pode falar é que nossa campanha recebeu R$ 230 mil - a minha e a de Garibalde -, a de Luciano, R$ 330 mil, e é só o que declaramos à Polícia Federal. Nossas contas foram devidamente aprovadas, não há nada absolutamente contra nós", disse Zezinho. "Quem não deve não teme, quero ratificar as palavras de Zezinho e de Luciano, tudo que foi prestado foi de maneira legal", completou Garibalde à reportagem.
Entre os inquéritos, a PF apura a campanha da então candidata à deputada estadual Marleide Cristina, filiada ao MDB, e que nega a acusação. Conforme declarado à Justiça Eleitoral, ela recebeu um total de R$ 485 mil em recursos - R$ 468 mil de doações de partidos, receitas do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), e obteve apenas 186 votos. Em depoimento à procuradora Eunice Dantas, Marleide informou que realizou campanha com bandeiras, panfletagens, carreatas, gravação de programas de rádio e tv e publicações em redes sociais. A Procuradoria, no entanto, contestou as alegações.


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