Coalizão é um caos: transforma o governo numa área de conflito interno
João Alves diz que trata com secretário e não com dono do partido
Política 02/01/2013 15h06

Por Joedson Telles

No final da manhã desta quarta-feira 2, ao empossar a maior parte do seu secretariado (alguns ainda dependem de decreto), o prefeito João Alves Filho (DEM), salientando que escolheu os auxiliares sob o critério de serem pessoas “melhores” que ele, ressaltou o que definiu como espírito público dos partidos políticos que o ajudaram a vencer as eleições, em 2012. João voltou a falar sobre as dificuldades financeiras encontradas na Prefeitura de Aracaju, e enfatizou a importância de poder nomear seus secretários sem precisar construir o chamado governo de coalizão – quando os partidos que compõem a aliança da campanha, obrigatoriamente, indicam secretários em sintonia com a “gratidão” do prefeito ou governador eleito.  

“Eu sei as dificuldades que vou enfrentar. Não quero que as minhas secretarias estejam assim: secretário de um partido ‘A’. Secretário adjunto do partido ‘B’. Presidente da empresa do partido ‘C’. Isso é o caos, porque transforma o governo numa área de conflito interno. Não pode ser assim. Dirijo sempre por delegação: nomeio o secretário, que nomeia seus assessores. Uma coisa mais complexa, ele discute comigo. Mas confio plenamente. Agora, não há sobre-mesa gratuita: quando há erro na secretaria ,eu sei quem é o culpado. Não saio procurando o dono do partido. Vou ao secretário. Fica melhor. Cadeia de comando”, disse o prefeito, salientando que não cresceu o número de secretarias da PMA.  

Se dirigindo especificamente ao secretariado, em tom de advertência, João Alves explicou que se fosse para escolher como seus auxiliares amigos que concordem com tudo que ele diz, que apenas balançam a cabeça, seria melhor escolher a própria sombra. “Secretários não são para concordar com tudo que eu digo. Pelo contrário: tem que dizer: ‘olha, prefeito, o senhor está querendo ir por aqui, mas está errado. Eu quero sugerir a melhor solução’. A mesma coisa os secretários entre eles. Mas isso na reunião, como a que teremos hoje às 18h, que eu quero olhar nos olhos deles... têm autoridade de discordar entre vocês. É natural. Depois da reunião, não. Todos devem ter a mesma direção”, disse, prevenindo que se ver na imprensa um secretário criticando outro, pelo menos um dos dois estará exonerado.

João Alves salientou, contudo, não acreditar que este tipo de situação constrangedora aconteça no seu governo. O prefeito observou também que não está mandando recado para ninguém, até porque não concorda com este tipo de postura do gestor. “Outra coisa: não tenho ciúme de sucesso de secretário. Ninguém esteja preocupado com o nome está aparecendo muito na imprensa. Nada disso. Quero que cada secretário seja uma estrela. Porque quando eles estão brilhando significa que o nosso governo está bom”, disse o prefeito, destacando ainda a sintonia que espera ver entre o seu secretariado e os vereadores de Aracaju.       

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