Déda quer candidato com densidade eleitoral para disputar a PMA em 2012
Governador defende unidade, e não descarta Valadares Filho
Política 23/12/2011 18h17

Por Joedson Telles

No início da tarde desta sexta-feira (23), o governador Marcelo Déda (PT), durante o tradicional almoço de final de ano com a imprensa e políticos, no Palácio de Veraneio, voltou a ser provocado sobre as eleições municipais de 2012, em Aracaju e enfatizou que o momento exige muita calma e responsabilidade. Ele observou que a regra política é que o povo é inteligente e sabe votar.

“Vamos buscar ouvir a todos e tentar construir uma chapa para Aracaju que represente a unidade das forças que integram esse projeto. Se não for possível, estudaremos soluções alternativas. Mas o meu esforço será no sentido de juntar todos na base de uma candidatura competitiva, capaz de preservar Aracaju no campo das mudanças. Das melhorias, das parcerias com o governo do Estado e Federal”, disse o governador.

Sobre a disputa dentro do Partido dos Trabalhadores, para saber quem é o pré-candidato do partido – a deputada estadual Ana Lúcia, o deputado federal Rogério Carvalho ou o vive-prefeito Silvio Santos – o governador garantiu a unidade, e lembrou que a democracia faz parte da história da legenda. Segundo o governador, o PT está unido e buscando a indicação do candidato a prefeito de Aracaju. Isso dentro da cultura do partido de conviver com a democracia interna e a liberdade dos seus militantes de expressarem suas opiniões.

“Temos três pré-candidaturas colocadas para analise e aprovação da militância. Vai haver debate, tentaremos construir o consenso, mas se não houver, o partido vai ás prévias. Não será a primeira e nem a última vez que a direção do partido entrega à militância a responsabilidade de escolher os candidatos e os caminhos do PT. Nada disso significa racha na unidade partidária”, garantiu.

 

Déda voltou a negar que já tenha escolhido Rogério Carvalho como seu pré-candidato. Ele assegurou, contudo, que apontará um nome se houver a necessidade de se realizar prévias. “Aí, eu vou examinar os três candidatos, vou opinar e apoiar aquela candidatura que reunir: um: capacidade de elaborar um programa de governo dentro da filosofia do PT integrado às diretrizes e aos objetivos do governo do Estado e afinado com as políticas nacionais da presidente Dilma. Dois: capacidade de unir o PT. Três: capacidade de diálogo e interlocução com todos os partidos da base. Quatro, mas não menos importante, musculatura eleitoral para liderar a disputa e enfrentar as fortes candidaturas que a oposição está preparando          

Déda também voltou a criticar a antecipação do pleito de 2014. Segundo ele, é natural que o senador Eduardo Amorim (PSC), o vice-governador Jackson Barreto (PMDB) ou qualquer outro político filiado e com direito a ser votado sonhe com o governo do Estado, mas, de acordo com ele, a discussão não deve acontecer agora. “É natural. Se eu fosse um padre queria ser papa. Às vezes me pego sonhando em ser presidente e acordo suado. Então, é natural na política, mas discussão só lá na frente”, disse.      

Ainda sobre a antecipação do pleito de 2014, Déda lembrou que não venceu todas as eleições que disputou. “Não fui vitorioso sempre. Ganhei e perdi. Muito embora, o tabuleiro seja igual, xadrez e dama cada um tem suas regras. É cada dia com sua agonia, como diz eclesiastes”, observou, lembrando que houve unanimidade nas suas eleições e na do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B).

Déda disse ainda que, caso uma candidatura do Partido dos Trabalhadores não vingue, ele não descarta apoiar, por exemplo, uma possível candidatura do PSB, que hoje estaria entre o deputado federal Valadares Filho e o estadual Adelson Barreto. O governador lembrou que, se isso acontecer, não será a primeira vez, já que o PT apoiou Edvaldo Nogueira, indicando o petista Silvio Santos como candidato a vice-prefeito, em 2008. “Em tese, não seria a primeira vez. Sempre que você senta à mesa para conversar, você não pode tirar nenhuma hipótese”, observou.         

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