Déda:“Bom policial não tem medo de disciplina e nem de código de ética"
“É uma lei para que bons policiais sejam premiados e os maus punidos”
Política 08/05/2012 07h12

Por Joedson Telles

Ao comentar o polêmico Código de Disciplina e Ética da Polícia Militar, que será votado, nos próximos dias, na Assembleia Legislativa, o governador Marcelo Déda (PT) assegurou que “o bom policial não tem medo de disciplina. Não tem medo de código de ética”. Segundo Déda, o bom policial quer que a corporação tenha uma lei para que os bons possam ser premiados e os maus possam ser punidos.

“Não há outro caminho a não ser o Estado assumir sua responsabilidade, a oficialidade assumir sua responsabilidade de construirmos uma política digna. Eu mandei uma série de leis, criando, inclusive, uma corregedoria independente tanto da Polícia Civil quanto da Militar. Eu mandei uma lei criando um corregedor vinculado ao gabinete do governador. Está lá na Assembleia Legislativa. Eu vou procurar um desembargador aposentado, ou um promotor aposentado, ou um procurador da Justiça aposentado de reputação ilibada, competente, respeitado, honrado para colocar na corregedoria geral das duas polícias e do Corpo de Bombeiros, com direito de avocar os processos e trazer para julgamento para acabar com a impunidade, para que não convivamos com policiais como esse que tiraram a vida das pessoas do hospital”, disse.

Déda explicou que a lei vai permitir ao Estado agir com mais rigor diante do policial violento, do policial que não obedece ao superior, do policial que não cumpre a sua função, do policial que invade o hospital para dar tiro. “Tanto a lei da corregedoria quanto o código disciplinar não é para os bons policiais, é para os maus policiais. Não é para atingir o policial que é honesto, que ama a polícia, que valoriza a sua profissão, que arrisca a sua vida. Esses têm que sem premiados. É para aqueles que mancham a farda, que tiram o brilho da instituição. Meu papel é mandar o Projeto de Lei. O legislativo é quem aprova”, disse.

Déda observou que casos como a invasão seguida de homicídio ao Hospital João Alves Filho não estão acontecendo sem que o governo tome providência. “O que eu quero é uma corregedoria que não vai ser dependente do comandante da Polícia Militar, não vai ser dependente do comandante da Polícia Civil, não vai ser dependente do secretário de Segurança Pública. Vai ser vinculada diretamente ao gabinete do governador com poderes de avocar processos disciplinares que estejam enganchados na burocracia ou que não andem por corporativismo”, explica.

Déda salientou ainda que as medidas estão sendo adotadas para que atos como a invasão ao Huse não se repita, e para que a polícia cada vez mais melhore a sua imagem e se fortaleça como uma instituição. “Depois de aprovado esse pacote, eu quero mandar o pacote do efetivo para eu poder fazer concurso. Agora, se a Assembleia achar que essa reforma é ruim, se os deputados não acharem conveniente, é um direito deles. Eu também paro. Eu não posso fazer lei. Eu não posso mandar de efetivo deixando as coisas do jeito que estão”, observou.

 

Com informações da ASN

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