Delegada desafia Augusto a provar que ela desrespeitou a Assembleia
Danielle respeitou o sigilo das investigações e não entrou em detalhes
Política 28/09/2011 12h54

Por Joedson Telles

Na manhã desta quarta-feira, dia 28, a delegada de carreira Danielle Garcia compareceu à Assembleia Legislativa de Sergipe e, praticamente, apenas ratificou as informações que havia dado à imprensa no dia 7 de junho, um dia depois que comandou a “Operação Castelo de Cartas”. A delegada respeitou o sigilo das investigações e não entrou em detalhes que pudessem comprometer o trabalho que terá sequência. Danielle estava acompanhada de um grupo de delegados – entre eles o secretário adjunto de Segurança Pública, João Batista, e da superintendente da Polícia Civil, Katarina Feitosa.       

Mais inquieto entre os 24 deputados, pelo fato de o requerimento convocando a delegada (de autoria do deputado Gilmar Carvalho e aprovado no dia 14 de junho) não ter sido atendido até então, o parlamentar Augusto Bezerra (DEM) mencionou entrevistas da delegada sobre o caso nas quais, no seu entendimento, houve desrespeito ao Poder Legislativo. Augusto também indagou a delegada sobre a necessidade de a polícia ter feito a operação. “Algum prefeito se negou a entregar documentos?”, indagou, chamando os prefeitos de covardes por não terem comparecido à sessão da Alese de hoje.

Com muita tranquilidade, a delegada observou que nunca desrespeitou o Poder Legislativo, e até exibiu um CD com cópia da gravação das entrevistas que concedeu desafiando o deputado Augusto Bezerra a provar que houve o desrespeito. “Todos merecem respeito. Inclusive os delegados”, disse Danielle. Sobre a “Operação Castelo de Cartas”, a delegada explicou que se fez necessário ir aos municípios e realizar a chamada busca e apreensão por conta de haver riscos de documentos importantes para as investigações (as provas) serem extraviados. Mas garantiu que não houve sensacionalismo.

“Não ligamos sirene, não fechamos feiras, ruas. Agimos com tranquilidade”, disse, explicando que a polícia trabalha em sintonia com o Ministério Público do Estado (MPE) e o Poder Judiciário. “No caso de Lagarto que o senhor citou não foi a Polícia Civil quem foi lá. Foi a Polícia Federal. Mas vamos aonde for preciso com base no curso das investigações”.

Augusto ainda questionou a delegada sobre o fato de a Polícia Civil não ter usado o mesmo critério com as Secretarias do Governo do Estado – já que as empresas em xeque na “Operação Castelo de Cartas” são as mesmas que atuaram tanto junto às prefeituras investigadas quanto às secretarias. A delegada, por sua vez, assegurou que mesmo sendo as mesmas empresas não é possível afirmar que em todas as participações independentes do órgão houve irregularidades. “As investigações prosseguem, mas a Polícia Civil age depois que as irregularidades são encontradas. Fiscalizar os órgãos não cabe à Polícia Civil”, explicou.                  

A delegada ainda foi indagada pelo deputado e radialista Gilmar Carvalho sobre uma nota veiculada pelo Jornal da Cidade. Gilmar se disse indignado, já que pela nota deveria se preocupar com o envolvimento de um funcionário da Assembleia Legislativa e não fazer cobranças. Segundo o deputado, isso o motivou não apenas a tentar ouvi-la em seu programa de rádio (o que não foi possível) como também apresentar o requerimento. A delegada, por sua vez, disse que o jornal foi infeliz ao veicular a nota e que só tinha concedido entrevistas ao rádio. Os demais deputados, inclusive da oposição, não indagaram a delegada, apenas elogiaram o trabalho da Polícia Civil. 

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