Deputado enxerga desvio de conduta e homofobia em gays e lésbicas
Antônio dos Santos diz que grupos têm colocações que comprovam
Política 25/03/2013 07h03

Por Joedson Telles

Provocado sobre a polêmica que envolve o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) e grupos de gays e lésbicas, que não aceitam o religioso à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, o também deputado e pastor Antônio dos Santos (PSC) afirmou que a homofobia não existe por parte do deputado, mas, ao contrário, justamente nos próprios grupos que estão demonstrando preconceito com Feliciano -  que mal assumiu a nova função e já está sendo julgado como homofóbico e racista. Antônio dos Santos assegura que há declarações feitas por gays e lésbicas que atestam que eles, sim, são homofóbicos, e não o pastor Marco Feliciano.   

“Se a gente elencar as declarações que eles têm colocado nas reuniões, algumas, inclusive, que eu participei, em Brasília, nesta mesma Comissão de Direitos Humanos, aí você vai perceber: homofóbico são os que dizem que não são. Eles têm praticado coisas que a legislação e a sociedade brasileira não aceitam. O maior discurso deste grupo é sobre intolerância. Existe uma intolerância maior que esta? Eles agridem as confissões religiosas, como um todo, como se fossem deuses e soberanos. Todos sabem que sempre foram tratados, vistos, como distúrbio ou desvio de conduta”, assegurou.

De acordo com Antônio dos Santos, apesar do diagnóstico, os pastores evitam usar os termos para não agredir. “Mas que, na verdade, é um desvio de conduta, sim. A gente não usa, não pratica, procura conviver, somos pacíficos, aceitamos todos. Agora, gente, tirar de nós o direito de discordarmos de alguma atitude, isso não vão conseguir nunca, porque vamos morrer com este grito, com essa liberdade de concordar ou discordar das coisas, sempre mantendo respeito ao cidadão. Para mim isso é fundamental”, diz Antônio dos Santos.                 

O deputado sergipano afirma que está acompanhando de perto toda a polêmica envolvendo o colega do PSC. Segundo ele, Feliciano, a exemplo dos demais deputados, é digno, capaz e foi colocado na Câmara Federal pela população. “Estão colocando nele uma pecha que ele não tem, ele não é racista. A família dele é de negros. Estão colocando que ele é homofóbico, mas é mentira. Homofóbicos são os que dizem que ele é Homofóbico, estes são. Eu tenho provas, inclusive, com filmes no You Tube com declarações que lésbica matou companheira porque apareceu grávida. Várias cenas. E não há registro em lugar nenhum. Não há Boletim de Ocorrência de pastor que agrediu por ser homofóbico”, disse.

Antônio dos Santos acredita ainda que os grupos e gays e lésbicas tentam confundir a sociedade, ao sair acusando religiosos de homofóbicos. De acordo com o pastor, homofobia é agredir, matar, destruir. “Estão levando para o lado errado. Sou favorável que ele permaneça à frente da Comissão, que acompanhem o trabalho dele, para depois julgar. Estão fazendo um pré-julgamento que é muito ruim para a democracia brasileira. Isso é preconceito. O perfil dele é o mesmo que defendo aqui (Assembleia Legislativa): nunca fui homofóbico. Racista pelo contrário. Agora, tenho direito de discordar de atitudes. E quem vai arrancar de mim este direito? Ninguém pode. Lamento profundamente o que estes grupos estão querendo fazer”, disse.

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