Eliane não entende pré-candidatura do PT como rompimento com Edvaldo
Vice-governadora também não vê problemas no eventual apoio de Belivaldo a dois candidatos Política | Por Will Rodriguez 23/01/2020 10h20A pré-candidatura de Márcio Macedo (PT) à prefeitura de Aracaju não configura um rompimento da sigla com o prefeito Edvaldo Nogueira (sem partido), pré-candidato à reeleição. Esse é o entendimento da vice-governadora, Eliane Aquino, que durante entrevista à FAN FM, nesta quinta-feira (23), também declarou estar tranquila quanto à possibilidade de que o governador Belivaldo Chagas apareça em dois palanques na eleição municipal deste ano.
Eliane considera inapropriado o juízo de que o Partido dos Trabalhadores não pode sair com candidatura majoritária na capital sergipana. Segundo ela, a decisão do partido teve seu nascedouro no diálogo com a sociedade. "Em todos os lugares que vou, escuto da população que queria me ver ou o PT (numa candidatura própria), e isso tem se tornado mais frequente. Acho que chegou a hora. Por que o PT serve pra ajudar a eleger, mas quando ele quer sair (com candidato), e tem todo direito, é um problema?", questionou.
Ao ser indagada sobre como encararia um eventual apoio de Belivaldo às duas pré-candidaturas, Eliane pacificou. "Estivemos com Belivaldo e mostramos que fomos tão importantes quanto os demais aliados (em sua eleição). Em outros estados, os governadores estarão em dois palanques, e aqui são dois companheiros dele", disse a vice-governadora, acrescentando que "na hora certa" também manterá entendimentos com o ex-governador Jackson Barreto (MDB).Mais uma vez Aquino não escondeu o estremecimento de sua relação com Edvaldo, de quem foi vice até dezembro de 2018. Para ela, o prefeito teria tomado decisões com alinhamento mais à direita, o que, em certa medida, chegou a ser considerado por ela como incoerente.
"Ajudamos Edvaldo desde o ínicio, sei o quanto foi criado um programa muito bom para a cidade, mas vi uma gestão indo muito para a direita e isso me incomodou. Pessoas que eram um grande problema e depois se tornaram a solução, isso para mim é falta de coerência. Não se pode aceitar qualquer coisa só para conseguir recursos para obras, embora elas sejam fundamentais", declarou Eliane Aquino.
Questionada sobre a razão que a afasta da disputa eleitoral enquanto candidata majoritária, Eliane disse sentir que ainda não está apta. "Não me falta vontade, mas eu ainda tenho muita responsabilidade com meus filhos e não posso arriscar agora", pontuou a vice-governadora petista.





