Por Joedson Telles   

No final da manhã desta quinta-feira, dia 1º, sob a batuta do deputado estadual Antônio dos Santos (PSC), a Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Legislativa esteve reunida. Em pauta, entre outros Projetos de Lei a serem votados, os de autoria do Poder Executivo Estadual, solicitando o aval da Alese para que o Estado possa contrair um empréstimo de R$ 727 milhões junto ao Governo Federal – através do Proinveste. Apesar de o relator da propositura, o deputado Paulinho Filho (PT do B), ter emitido um parecer favorável ao pleito do governo, um pedido de vistas do deputado do PTC, Gilson Andrade (foto), suspendeu os trabalhos, e o empréstimo segue uma incógnita.

Com o pedido de vistas, o deputado Gilson Andrade tem dois dias para analisar um dos projetos e, pelo regimento da Casa, mais um dia para avaliar o segundo PL. Até lá, as matérias não serão levadas ao plenário da Casa para votação.             

Segundo Gilson Andrade, sua decisão se justifica por se tratar de projetos de alta relevância, não apenas por envolver muito dinheiro público, mas também em função do parecer dado pelo deputado Paulinho, que apesar de ter votado favorável às matérias, solicitou que o governo apresente um relatório especificando quais as obras que seriam realizadas – bem como os municípios que seriam beneficiados – com o empréstimo.

“Precisamos analisar também, inclusive este relatório (feito por Paulinho Filho). Mas, na próxima segunda-feira, dentro do prazo regimental, nós entregaremos ao presidente da Comissão de Finanças. Preciso ler e temos um final de semana prolongado por conta do feriado, e vamos analisar em que dados o relator se baseou para dar o seu parecer. Queremos ver os valores das obras em Sergipe. São R$ 727 milhões, e a população sergipana está dividida (sobre o empréstimo), então queremos mais tempo. Nada vai mudar em dois dias”, assegurou o deputado Gilson Andrade, observando que um dos pontos é que alguns municípios não seriam contemplados como deveriam.  

O presidente da Comissão de Economia e Finanças, que explicou que o deputado Paulinho Filho não pôde estar presente à reunião por estar tratando a sua saúde, garantiu que o pedido de vistas não atrasará os trabalhos nem por um dia.   

“Porque a Comissão de Finanças só pode ser convocada no plenário da Casa. Como hoje (quinta) é o último dia de sessão, e a próxima é segunda-feira, e o deputado vai entregar na próxima segunda, é praticamente um atraso de horas. Não prejudicará. Depois do primeiro pedido de vistas, os demais pedidos só poderão ser por dois dias, e dias seguidos. Dúvidas ainda pairam”, explicou Antônio dos Santos.