Goisinho alerta sobre a presença da ‘máfia do lixo’ em Aracaju
Ex-vereador destaca texto do site Brasil Sustentável sobre dossiê denunciando atuação
Política 10/08/2011 07h17

Por Joedson Telles

Com o título “Lixo e corrupção política no Brasil”, um artigo postado no site www.brasilsustentavel.org tenta jogar luz sobre o tema e abrir um debate envolvendo a sociedade. Referindo-se ao assunto como “mar de sujeira”, o texto revela que um dossiê está sendo elaborado pela Defensoria Social para não só avaliar a gestão do lixo no Brasil, mas também para denunciar a chamada ‘máfia do lixo’, que envolve políticos e empresários.  

O artigo cita os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. “Aqui em Aracaju não é diferente. Aqui já chegou uma empresa que tem a mesma prática no Sul do País onde atua, e tem uma relação promiscua com os políticos”, observa o ex-vereador Antônio Góis, o Goisinho, baseado no artigo do Brasil Sustentável. O ex-parlamentar entende que as providências para evitar a ação da ‘máfia do lixo’ em Sergipe já deveriam ter sido postas em prática, sob pena de Aracaju voltar a ser destaque negativo no Fantástico da Rede Globo. “Aí tomam as providências”, diz.  

O artigo do Brasil Sustentável mostra que, a partir de uma sondagem, avaliando os principais estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País, é possível ver (em exemplos concretos) como os políticos e empresários operam num setor que interfere e impacta a vida de todos os cidadãos. Segundo a Defensoria, o Brasil tem mais de 20 mil áreas contaminadas, afetando diretamente a saúde de cerca de 5 milhões de pessoas e, indiretamente, outras 15 milhões, sem que nada seja feito de concreto para reverter casos graves e até históricos.

De acordo com o texto, isso a partir de pesquisas envolvendo a avaliação das políticas públicas de gestão de resíduos no País, onde são evidentes suspeitas de corrupção (ativa e passiva) como principal motor de propulsão para o atraso do país nesse setor, ancorado como forma privilegiada para captação ilegal de recursos por autoridades no exercício do poder.

Segundo o texto, ao deixar a gestão de temas como lixo nas mãos só de especialistas por acreditar tratar-se de algo distante de sua realidade, o povo se afasta do centro de decisão e controle. Trata-se de uma questão que está no marco da chamada "crise civilizatória" por que passa a humanidade, em que conceitos como globalização de lucros, mercantilismo da vida e duvidosa ética capitalista associa negócios de estado com "negócios à custa do estado".

 “O mapa das áreas contaminadas aponta a existência de mais de 5 mil casos relativos à presença de lixões nas áreas mais pobres das cidades, o que vai na contramão dos compromissos do Brasil com a comunidade internacional. Morelli destaca que "somos um país mestre em assinar e não cumprir tratados firmados com a ONU e organizações de cooperação multi laterais" e vaticina: "com esse histórico, somos envergonhados na ONU quando aparecem denúncias como nos casos das penitenciárias de lata que existem não só no Espírito Santo”, lê-se no texto.

Mais detalhes www.brasilsustentavel.org/

 

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