Gualberto deixa liderança do Governo na Alese e mira mesa diretora
Oposição também espera nova legislatura para definir liderança na Assembleia
Política | Por Will Rodriguez 03/01/2019 13h27 - Atualizado em 03/01/2019 14h22

O deputado estadual Francisco Gualberto (PT) não será mais líder do Governo na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) a partir da próxima legislatura. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (3) pelo próprio parlamentar, que também já comunicou a decisão ao governador Belivaldo Chagas (PSD).

Gualberto, que ocupava a função desde 2008, alegou “situações pessoais” que prefere não detalhar como justificativa para deixar a liderança do bloco de situação. A renúncia, no entanto, não descola o petista do projeto político de Belivaldo Chagas. “Votei, pedi voto e acreditei no projeto que está posto porque  entendo que é o que melhor se tinha para enfrentar a crise em Sergipe, assim como no resto do país”, disse em seu último pronunciamento como líder governista na Alese.

Chiquinho, como costumeiramente é chamado pelos pares, representou a gestão dos três últimos governadores do Estado (Marcelo Déda, Jackson Barreto e Belivaldo Chagas).

Conhecido por seu estilo arisco de travar os embates no plenário, até mesmo com correligionários, o petista deixa o posto, segundo avaliação própria, sem mágoas ou desavenças. “Sempre mantive o respeito por todos”, diz.

Uma vez afastado da liderança governista, o deputado petista já está de olho em um espaço na futura mesa diretora da Assembleia. Na tribuna, chegou a externar a intenção de ocupar a vice-presidência da Casa, desde que isso não gere nenhum tipo de mal-estar com os colegas. “Não existe sangria desatada”, advertiu Francisco Gualberto.

No subsolo do Legislativo não se travam ainda apostas sobre quem assumirá a função. A julgar pelo que se viu, especialmente no último ano legislativo, um potencial sucessor natural seria o deputado Zezinho Guimarães (MDB). Resta saber se ele terá o aval do governador Belivaldo que, após as eleições, já havia externado seu apreço pela permanência de Gualberto.

Oposição

A indefinição se estende ao bloco da oposição. O deputado Georgeo Passos (Rede), atual líder do grupo, prefere esperar até que a nova composição da Alese assuma, o que deve ocorrer em primeiro de fevereiro, para avançar com os entendimentos em torno dessa questão.

“Teremos doze novos deputados. É preciso esperar para saber quem vai ficar de qual lado e se há mais alguém com a intenção de ocupar a função. Meu nome está à disposição”, disse Passos aos jornalistas nesta quinta, consciente do desafio do futuro líder - ele ou seja quem for - de construir uma oposição oxigenada e menos apática do que a que se viu nos últimos quatro anos.

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