Guilherme Boulos apresenta propostas e desafios para a próxima eleição
Candidato falou da construção e entrega do Hospital do Câncer para o Estado Política | Por Saullo Hipolito* 23/08/2018 10h10 - Atualizado em 23/08/2018 10h33Na manhã desta quinta-feira (23), na sede do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro Al/SE), o candidato à presidência pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSol), Guilherme Boulos, fez um resumo de sua plataforma eleitoral e duras críticas a proposituras de outros candidatos.
Para combater um dos maiores problemas vividos no país, o desemprego, Guilherme Boulos pretende criar o programa Levanta Brasil, segundo ele, gerando mais de 600 mil empregos diretos e um investimento de R$ 180 bilhões em reconstruções e obras que auxiliem o crescimento do país, como hospitais, escolas, saneamento básico e moradia popular.
Para o político, é impossível sair da crise sem investimento público. Para tal, ele pretende fazer com que o rico pague a maior parte dos impostos. “Eu fiquei chocado no último debate quando Bolsonaro e Alckimin disseram que as pessoas deveriam escolher o emprego ou as férias”, disse.
Moradia
Para o candidato esse é um problema “gravíssimo”, o objetivo dele é desapropriar imóveis que estão abandonados e dar aos pobres, fazer o inverso do que vem acontecendo atualmente, onde as pessoas estão na periferia enquanto boa parte dos serviços públicos estão no centro da cidade. “O pobre pode morar no centro da cidade, com o programa ‘Meu Bairro, Minha Vida’, vamos reverter isso”, disse.
Segurança pública
Boulos foi enfático ao afirmar que nada aconteceu durante os últimos dez anos no Brasil. “O que se viu foi aumento no armamento, que só matou a juventude negra e pobre do país, mas esse não é o caminho. Não está certo derramar sangue da juventude. O comando do tráfico está mais perto do palácio dos três poderes em Brasília, do que da favela”, afirma o candidato.
O objetivo da sua candidatura, como ele mesmo posiciona, é dar empregos à juventude e não arma, a ideia não é construir cadeias, mas escolas para os jovens.
Homicídios
Diminuir os números deste tipo de crime deve ser feito de forma pensada e calculada, diz Guilherme Boulos, para quem é errado pensar em armar as pessoas. “Vamos enfrentar a quadrilha principal, que se alojou em Brasília e quando mexermos nesse vespeiro, será automático, o índice de violência vai cair”, disse.
Para ele o Brasil deve acabar com o crime de mesmo peso, com duas medidas e usou um exemplo para denotar tal fato. “Se pegar um jovem com uma maconha na esquina, ele será preso e vai pra cadeia. Se for um helicóptero, o responsável fica solto. Não dá para ser assim”, afirmou.
Outras medidas
O dimensionamento dos impostos é uma das principais medidas que Guilherme afirma ser necessário acontecer no país. O objetivo dele é que seja uma reforma progressiva para acabar com o ‘Robin Hood inverso’. “Hoje no Brasil quem tem mais paga menos e quem tem menos paga mais. Banqueiro no meu governo vai pagar imposto, como privilegiados também”, comenta.
Saúde
O objetivo do candidato é dobrar o orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) em quatro anos. “Vamos entregar o Hospital do Câncer para Sergipe, único Estado brasileiro que não tem. Além disso, vamos propor a Unidade Básica de Saúde (UBS) completa, ou seja, a pessoa que procurá-la vai sair com o resultado do exame e o remédio em mãos, se precisar de algo mais complexo, vamos estabelecer o teto de espera de um mês”, disse Boulos
Política
Entre outras questões, o candidato ainda falou dos últimos governos petistas. “Em relação aos governos, reconhecemos acertos e erros. Não se fez enfrentamentos necessários, não se fez reforma política e perdeu a oportunidade, reforma tributária também não foi feita. Sabemos reconhecer acertos e estamos numa posição de coerência”, disse Boulos.
Em relação a Lula, ele afirma ter convicção de que está preso sem provas, diferentemente de Temer Aécio Neves, até hoje impunes - "o fato de não apoiarmos, não significa que nós devemos ser injustos".
Crítica
O candidato guardou um momento para fazer críticas ao também candidato a presidência Jair Bolsonaro (PSL). “Ele declarou que não vai mais participar de debates. Ele é o chihuahua da política, diz que é valentão, faz e acontece, mas tem medo de debater por não ter proposta. Quem faz política tem que enfrentar e se mostrar o povo”, pontuou Boulos.
Agenda
No dia de hoje, o candidato faz um comício na praça General Valadão, reunindo seus eleitores e apresentando propostas à população sergipana. Ao término, a agenda prevê uma visita à capital de Alagoas, Maceió.
* Estagiário sob responsabilidade da jornalista Monica Pinto.


A proposta também prevê mecanismos para evitar o descontrole dos gastos públicos

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