Henri Clay filia-se ao PSOL
Ex-presidente da OAB pretende formar bloco voltado para o povo
Política 10/10/2011 11h54

 

Por Márcio Rocha

O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Henri Clay Andrade, pôs fim a uma grande expectativa, gerada ao longo das últimas semanas: “Qual será o partido de Henri Clay?”. Na manhã de hoje (10), o questionamento foi elucidado quando o advogado, militante das causas trabalhistas, sindicais e de movimentos sociais há 20 anos, se oficializou como membro do Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL).

Henri Clay disse à reportagem do F5 News que tem intenção de formar um bloco sólido e com perfil voltado para o povo, juntamente com os partidos que se alinham à legenda, PCB e PSTU. O foco de Henri Clay ao se filiar ao PSOL é de instaurar uma frente social com partidos que pretendem discutir os problemas da sociedade civil e encontrar as soluções para a população.

“A frente dos partidos me convenceu que a minha filiação enriqueceria os quadros do bloco, devido à minha experiência e conhecimento jurídico, voltado para os trabalhadores e causas sociais. Tenho um histórico de militância na advocacia sindical e social, o que facilita a construção de políticas públicas em conjunto com a classe trabalhadora e a sociedade civil, para formular um projeto que busque o bem para a população. Estou disposto a contribuir com esse projeto, por isso meu direcionamento pelo PSOL”, disse Henri Clay.

A opção pelo PSOL, para Henri Clay, tem como escolha uma opção programática, não pragmática. Segundo ele, o partido não tem a intenção de se tornar uma sigla eleitoral, apenas com os fins de eleição de políticos.

“O partido é uma instituição que deve estar viva. Seu objetivo é discutir com a sociedade e formular as políticas públicas que promovam melhoria na vida dos cidadãos. Queremos lutar por justiça social, o viés diferente do PSOL é o que um partido deve pensar. Invertemos a prioridade e estabelecemos a verdadeira finalidade de um partido político. A prioridade de um partido é envolver a sociedade em torno de uma concepção presente dia a dia na vida da comunidade”.

A inserção no PSOL não significa que Henri Clay deixará de advogar. Sua vida como profissional do Direito continuará em andamento, pois é essa sua profissão e foi o que lhe alçou a tomar a decisão de ingressar na vida pública.

“Sou contra a figura do político profissional. A política é para ser exercida como atividade pública, não como a profissão de alguém. Estou me tornando militante de uma frente, para contribuir com o projeto da classe trabalhadora”, comentou.

Sobre a possibilidade de ser candidato a prefeito de Aracaju, Henri Clay afirmou que os partidos unidos irão decidir pela candidatura após discussão com as três legendas. Destacou que em todos os partidos da frente existem nomes que estão aptos para a disputa. A formulação da frente partidária será feita por meio de integração com a sociedade através de plenárias e seminários.

“A prioridade é construir a frente partidária e a elaboração do projeto. O PSOL tem consciência e maturidade, assim como o PCB e PSTU, para formular uma candidatura. Contudo, essa frente quer convocar setores da sociedade civil e da classe trabalhadora, para compor esse projeto. O PSOL abre mão de dizer que tem candidato a prefeito. O projeto é a frente partidária. O PCB tem nomes, o PSTU também tem excelentes nomes capacitados para disputar a prefeitura de Aracaju. O que se propõe não é um candidato de um partido, sim um candidato da frente. Faremos plenárias e usaremos os mecanismos de formulação de consciência da sociedade civil. Depois disso é que se escolherá o nome para a disputa”, concluiu Henri Clay.

 

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