João Alves diz que Aracaju só terá uma saúde pública ideal em julho
Ele diz que há uma faca na jugular. "São R$ 50 milhões em dívidas" Política 28/03/2013 07h34Por Joedson Telles
Na semana que o ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff (PT), Alexandre Padilha, esteve em Sergipe, o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), teve a oportunidade de dar ciência a ele dos problemas enfrentados por Aracaju que estão a tirar seu sono– sobretudo dívidas e a falta de recursos para corresponder às necessidades dos pacientes que utilizam a rede pública municipal de saúde. “Tenho a humildade de admitir que ainda não encontrei solução definitiva para a saúde”, disse João. O prefeito prometeu adotar algumas medidas para que haja uma melhora considerável desde já. Entretanto, ressalta que a saúde ideal que almeja para os aracajuanos só poderá ser atestada, no mínimo, em três meses.
“Até julho, a saúde estará equacionada. Mas estou longe de estar satisfeito com a saúde. Encontramos destroçada. Inviabilizada. Dívidas gigantescas. Estamos nos defrontando com problemas deste tipo. Os fornecedores estão colocando uma faca na jugular da gente. Por que? Ficaram muitos débitos, mas não exigiram da gestão passada. Chegou, agora, querem receber de vez. A gente não têm. São mais R$ 50 milhões. É um problema que está nos criando uma dificuldade imensa”, admitiu o prefeito.
João Alves disse, entretanto, que, depois de quebrar muito a cabeça, encontrou uma saída que esperar colocar em prática o por estes dias. O prefeito ressaltou que a competência da secretária Goretti Reis será fundamental para a solução dos problemas encontrados. “A secretária tem feito um trabalho muito bom. Em Brasília, não pára. Estou acompanhando tudo. Tenho dado estrutura. Mas sei que a situação é complexa. O SUS montou algo complicado”, disse.
O prefeito explicou que, como Aracaju sedia os principais hospitais, o SUS entendeu que o município deveria ser responsável também pela média e alta complexidade. “Mas o SUS paga muito pouco. Em números hipotéticos, vamos admitir que o SUS pague R$ 100 por uma cirurgia. Nenhum médico quer fazer, aí temos que completar para R$ 400,00. Fazemos o sacrifício pelos pacientes de Aracaju. Mas vem paciente de outros municípios e não conseguimos arcar com todo o gasto. Aí faz o exame, hipoteticamente, o SUS só dá R$ 100,00 e completamos R$ 400,00. Isso está quebrando a Prefeitura”, afirma João Alves.


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