Justiça Eleitoral recebe 850 denúncias via Pardal nas eleições em Sergipe
Maior entrave do processo eleitoral deste ano foi as 'fake news', avalia MPF
Política | Por Fernanda Araujo e Will Rodriguez 29/10/2018 13h15 - Atualizado em 29/10/2018 13h40

O processo eleitoral em Sergipe se encerrou no domingo com considerável tranquilidade nas zonas eleitorais. Mais de 1,04 milhões sergipanos foram às urnas, representando 83% do eleitorado do estado. Mas enquanto isso, várias denúncias não paravam de chegar pelo aplicativo da Justiça Eleitoral que permite ao eleitor fiscalizar e denunciar infrações na campanha eleitoral.

Em Sergipe, foram registradas 850 denúncias nos dois turnos das eleições deste ano pelo aplicativo Pardal. No primeiro turno, 542 denúncias foram recebidas e 308 no segundo. A maioria, segundo o Ministério Público Federal, de informações repetidas, já sob investigação, ou notícias genéricas sem mais detalhes sobre o fato, o que impedia o andamento da apuração.

Ainda não há informações sobre quantas denúncias via Pardal tiveram prosseguimento na Justiça Eleitoral. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), 68 pessoas foram presas por suspeita de crime eleitoral durante todo o processo eleitoral deste ano no estado, sendo 52 no primeiro turno e 16 no segundo.

O Pardal pode ser utilizado para noticiar diversos tipos de infrações eleitorais, como as relativas à propaganda eleitoral, compra de votos, uso da máquina pública, crimes eleitorais e doações e gastos eleitorais. Os dados são de inteira responsabilidade do denunciante, estão sujeitos à apuração pela Justiça Eleitoral e, no caso de mau uso da ferramenta, a origem do registro poderá ser rastreada.

Fake News

Na avaliação da procuradora do MPF Eunice Dantas, o maior entrave do processo eleitoral deste ano foram as 'fake news'  pulverizadas na disputa tanto a nível nacional como no estado sergipano. Segundo ela, os eleitores espalhavam notícias falsas sem critério, apesar dos constantes alertas da imprensa e da Justiça Eleitoral. “Quando recebiam uma matéria que desabonasse o adversário do seu candidato, eles compartilhavam sem pudor”, afirmou.

O compartilhamento dessas notícias também pode gerar punição a partir do processo de investigação que está sendo conduzido até dezembro tanto para candidatos quanto para eleitores que eventualmente tenham feito isso de forma articulada.

“Isso é um desrespeito aos candidatos e ao povo brasileiro porque todo mundo quer que seja eleito por meios legais, e não uma candidatura sustentada a partir de notícias falsas, que foi o que a gente viu no transcorrer da campanha eleitoral. Até a data da diplomação, em dezembro, ainda tem muito trabalho”, ressaltou a procuradora.

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