O candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, morreu na manhã de ontem (13), em um acidente aéreo. O político estava a bordo de um pequeno avião que caiu em Santos, litoral paulista. A aeronave havia partido do aeroporto Santo Dumont (RJ) com destino ao de Guarujá (SP). As informações do Comando da Aeronáutica dão conta de que o avião arremeteu devido ao mau tempo.

Campos, que foi entrevistado pelo 'Jornal Nacional' na noite de terça-feira (12), tinha programação de campanha em Santos. Ele participaria de programas em emissoras de TV locais e estaria em um seminário sobre o Porto da cidade. Alguns integrantes da equipe de comunicação que trabalhava com o candidato - incluindo o fotógrafo oficial Alexandre Severo, o cinegrafista Marcelo Lira, o assessor pessoal Pedro Valadares, e o assessor de imprensa Carlos Percol - também faleceram.

Em depoimentos veiculados na TV, jornalistas lamentaram a morte de Eduardo Campos. Na Globonews, Cristiana Lobo afirmou que a perda interrompe o ciclo de novos políticos que estão surgindo no país. "Além de adversário político, Campos se relacionava muito bem com as pessoas. Todos os partidos vão fazer esse registro. É uma tragédia que impacta e emudece todas as pessoas". A comentarista afirmou que conversou com Campos na manhã ontem para saber o que o candidato havia achado da entrevista ao 'JN' na noite de ontem. "Ele comentou comigo que estava satisfeito com seu desempenho porque o tempo que teve no jornal correspondia a quase um mês de propaganda eleitoral".

Na Record News, Nirlando Beirão falou um pouco sobre o perfil político de Campos. "Acredito que vai haver comoção independentemente de posições partidárias. Todo mundo nesse momento está chocado com a morte. Campos era um sujeito muito cativante pessoalmente. Ele teve uma ideia genial de seduzir a Marina para sua campanha, pois ela traz uma 'oxigenada' importante para a política".

Em Brasília, José Luiz Datena reportou as informações ao vivo. "É uma tragédia e um sentimento de muita tristeza e consternação. As pessoas aqui em Brasília não conseguem acreditar. Perdemos um jovem".

Pelo Twitter, outros profissionais falaram sobre o assunto, como a apresentadora Astrid Fontenelle. "Não seria meu candidato, mas a vitalidade política dele era interessante. Minha solidariedade à família. Tantos filhos... RIP Eduardo Campos", escreveu ela.

Colunista da Folha de S. Paulo, Xico Sá criticou quem está pensando em política nesse momento. "Pelo amor de Deus, querer saber o que muda na eleição em um momento triste como este! É hora de lamentar a tragédia e fazer silêncio respeitoso".

Apresentador do 'CQC', Marcelo Tas publicou foto do candidato com a família e o depoimento: "Meus sentimentos à família e amigos de Eduardo Campos #Luto #JovemDemais #PE".

Leonardo Sakamoto, coordenador da ONG Repórter Brasil, criticou, por meio de sua página no Facebook, parte da repercussão do caso. "Chocado com a tragédia envolvendo Eduardo Campos, sua equipe e moradores de Santos. Chocado com a falta de bom senso de colegas jornalistas. Chocado com as redes sociais".

Debate na Globo

Nesta semana, a Globo vem entrevistando os candidatos à presidência. Definida por sorteio, a agenda levou para a bancada do jornalístico na segunda-feira (11), Aécio Neves (PSDB) e, na terça-feira (12), Eduardo Campos (PSB).

Ontem, seria o dia da candidata do PT, Dilma Rousseff. Por meio de nota, a presidente informou que suspendeu as atividades de campanha por três dias em luto. De acordo com as informações veiculadas pela G1, o partido decidiu, em conjunto com a Rede Globo, cancelar a entrevista que a candidata daria na noite de ontem ao 'JN'.

Fonte: Portal Comunique-se