Brasil
Manifestações pró e contra governo são registradas em várias cidades do país
A maioria dos protestos ocorreu de forma pacífica ao longo deste domingo
Política | Por F5 News 07/06/2020 18h20 - Atualizado em 08/06/2020 13h56

Este domingo (7) foi marcado por manifestações de grupos contra o governo e a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, em várias partes do país. Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre registraram as maiores concentrações de pessoas. 

Em Aracaju, um pequeno grupo se reuniu em um ato contra o fascismo e o racismo no centro da capital durante a tarde. No Nordeste, atos também ocorreram em Salvador e Fortaleza.

Em Brasília, as manifestações ocorreram na Esplanada dos Ministérios, que se dividiu em duas nesta manhã. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) se posicionou no gramado central e manteve manifestantes contra o governo do lado esquerdo, onde fica o Ministério da Justiça, e grupos a favor do presidente Jair Bolsonaro no lado direito, onde fica o Itamaraty.

O ato contrário ao governo do presidente Jair Bolsonaro reuniu mais pessoas. A manifestação unificou pautas como o combate ao racismo, ao fascismo e contrários ao governo federal. Os manifestantes usavam máscaras, item de uso obrigatório no Distrito Federal, em virtude da epidemia de covid-19.

Esse grupo ficou na Esplanada por pouco tempo. Às 11h, ele já caminhava de volta, se afastando do Congresso Nacional em direção à Biblioteca Nacional, onde começou a dispersão. O protesto foi pacífico.

Do lado favorável ao governo, o público saiu às ruas vestido de verde e amarelo. Os manifestantes tiveram acesso à Praça dos Três Poderes, local que tem concentrado apoiadores do presidente aos domingos.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, esteve presente na Esplanada, acompanhando a movimentação e cumprimentando policiais que faziam a segurança da área.

A Polícia Militar informou que não houve registro de ocorrência durante a manifestação e ninguém foi detido.

Rio de Janeiro

Na parte da manhã, um grupo de manifestantes a favor do presidente Jair Bolsonaro fez uma caminhada na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio.  Os manifestantes, muitos vestidos com as cores da bandeira do Brasil, percorreram um trecho do calçadão no final da manhã e carregaram uma faixa intitulada Marcha da Família pró Bolsonaro com Deus, que defendia também "intervenção popular com o Executivo".

Um grupo de manifestantes contrários a Bolsonaro também esteve no calçadão, com uma faixa contra integrantes do governo e outra relembrando a vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.

Pela tarde, um protesto contra o racismo e a violência policial levou manifestantes ao centro do Rio de Janeiro em uma caminhada que segue pela Avenida Presidente Vargas depois de ter partido do Monumento a Zumbi dos Palmares, nos arredores da Central do Brasil. O ato é a segunda marcha Vidas Negras Importam na cidade. 

Cerca de 15 manifestantes foram detidos no Centro do Rio. Segundo o organizador do movimento, eles foram detidos porque portavam álcool gel. 

Porto Alegre

O centro de Porto Alegre se tornou palco de atos contra o presidente Jair Bolsonaro. Embora organizadores dos atos que se denominam antifascistas não tenham chegado a um consenso sobre sair ou não às ruas neste domingo, temendo atos de vandalismo provocados por infiltrados e também a pandemia do coronavírus, manifestantes com faixas em favor da democracia tomaram a região Central. Majoritariamente, os participantes usaram máscaras. O ato, que não teve registro de ocorrências até 14h30, teve como ponto de encontro a Esquina Democrática. Após concentração, os participantes saíram em caminhada pelas vias centrais da capital gaúcha.

Belo Horizonte 

Com início em tradicional ponto de concentração de apoiadores do presidente  Jair Bolsonaro, torcidas organizadas de clubes de Minas Gerais e representantes de movimentos sociais realizaram ato contra o presidente em Belo Horizonte. Os manifestantes fizeram caminhada a partir da Praça da Bandeira, região sul da cidade, em direção à Praça Sete, no centro da capital. Um ato chamado "Vidas Pretas Importam", também estava previsto para este domingo na cidade, além de ato de médicos contra o governo federal.

Curitiba

De forma tímida, manifestantes contrários ao governo Jair Bolsonaro deram início, por volta das 14h25, à concentração na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, para a segunda edição do ato Vidas Negras Importam. O protesto foi convocado por partidos políticos de esquerda e movimentos ligados aos direitos das minorias.

Belém

Um forte esquema de segurança impediu uma manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro na manhã deste domingo, em Belém. A capital do Pará também não teve atos a favor do presidente da República.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, o aparato policial registrado em diversos vídeos compartilhados nas redes sociais atuou em cumprimento ao Decreto Estadual n° 800, que proíbe a aglomeração de grupos com mais de dez pessoas. A medida foi adotada no fim de maio, como forma de evitar a propagação da covid-19.

São Paulo

Os manifestantes contra o governo se reuniram no Largo da Batata, zona oeste paulistana, no ato Mais Democracia – antifascista e antirracista durante a tarde. Líderes do movimento discursaram em um carro de som. Os participantes gritaram palavras de ordem contra o racismo, contra o fascismo e contra o presidente Jair Bolsonaro. 

A Avenida Faria Lima chegou a ter um dos lados da via interrompidos para o fluxo de carros. Até o momento, a manifestação ocorre de forma pacífica, com manifestantes ocupando uma extensão de quase 700 metros entre o ponto do bloqueio e o Largo da Batata.

Hoje na Avenida Paulista, em frente a sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), um pequeno grupo de apoiadores do presidente Bolsonaro se reuniu com bandeiras do Brasil e cartazes.

Manifestantes carregavam faixas que pediam "intervenção militar" e com críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Eles ficaram a maior parte do tempo sobre a calçada, na esquina, sem número suficiente para ocupar as faixas de trânsito. Não houve registro de ocorrências policiais no movimento.

 

*Com Agências Brasil e Estado
 

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