“Neoliberalismo não pode ser reproduzido. Déda foi eleito para acabar
Ana Lúcia não aceita que o governo tenha uma analise conservadora
Política 09/05/2012 11h39

Por Joedson Telles

Na manhã desta quarta-feira 9, ao usar a tribuna da Assembleia Legislativa para cobrar o cumprimento da Lei do Piso do Magistério para todos os educadores da rede pública, a deputada estadual petista Ana Lúcia avaliou que o governo Marcelo Déda está agindo da mesma forma que os governos conservadores, tão combatidos pelo próprio PT, agiram com os professores. “O neoliberalismo não pode ser reproduzido. Lula, Dilma e Déda foram eleitos para acabar com isso. Não posso conceber que o meu governo tenha uma analise conservadora”, afirmou.

A deputada observou que, em 2010, houve um compromisso do próprio governador Marcelo Déda com a categoria dos professores, através da mediação feita por ela e pelo ex-deputado federal Iran Barbosa (PT), mas isso não foi respeitado. Ana lamentou que, ao contrário, o governador até tenta jogar os professores contra a população. Da mesma forma, ironiza que não pode conceder 22% a todas as categorias. “É uma conquista do professor”, disse, observando que a Assembleia tem que fazer uma emenda para voltar a carreira única. “Democracia. Eu mudo as leis através das necessidades da população”.

Ana Lúcia explicou que, se o governo do Estado não tem, de fato, como pagar o piso precisa provar isso ao Ministério da Educação, que, por sua vez, pagará. “Não podemos, mais uma vez, botar as vendas nos olhos. Os governos não priorizam a escola pública. Falam em ensino profissionalizante, mas e as creches? As crianças? Como chegarão lá? Não podemos mascarar a realidade. Diretora da Secretaria de Educação escrevendo no site da Secretaria que o professor Iran e nazista? Professor Iran? Essa pessoa querida pelos alunos e professores?”, indagou ofendida.

A deputada Ana Lúcia externou, por fim, que fala como uma militante do Partido dos Trabalhadores há 29 anos – tempo em que nunca militou em outra sigla. “Continuo acreditando. Não faço jogo duplo. Somos o PT. Nascemos na greve, defendendo os trabalhadores. A democracia. A liberdade. A justiça social”, disse a parlamentar. “O governador é do PT, mas administra com pessoas que têm outras concepções. O PT tem visão diferente”, garantiu.

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