"Nunca me escondi atrás de muletas", alfineta Márcio Macedo
Pré-candidato à Prefeitura de Aracaju fez duras críticas à gestão municipal Política 03/08/2020 22h33O Brasil vive tempos difíceis. Dias de guerra. Mas, diferente das batalhas comuns, envolvendo nações contra nações, desta vez, o inimigo é invisível. Mas extremamente mortal. Desde que o primeiro caso de covid-19 foi registrado no país, em fevereiro deste ano, a nação se viu obrigada a mudar toda sua rotina. Adaptando-se a dias em casa. Sem qualquer expectativa de retorno.
Enquanto os casos se espalharam com a força de um vendaval, ceifando vidas preciosas, muitas cidades começaram a montar estruturas para enfrentar o problema. A criação de hospitais de campanha para atender a demanda é uma dessas importantes medidas e que tem funcionado em diversos municípios. Menos em Aracaju.
Isso porque uma decisão judicial, do Tribunal Regional Federal da 5° Região, atendendo ao pedido do Conselho Regional de Medicina de Sergipe (Cremese), suspendeu a validade de 77 licenças médicas temporárias concedidas a profissionais que poderiam trabalhar no hospital. Com isso, o atendimento foi prejudicado.
Para se ter uma ideia da situação, quando o HCamp foi criado, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) anunciou a capacidade de 152 leitos. Porém, quase três meses após o início das atividades, somente 60 estão ativos e 32 ocupados. Fator que, segundo o vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e pré-candidato a prefeito, Márcio Macedo, é extremamente preocupante.
“A Prefeitura de Aracaju recebeu R$ 76 milhões e tem garantidos para receber mais de R$ 30 milhões. Com esse valor, a atual gestão não fez uma UTI, não comprou um respirador, não montou uma brigada que poderia fazer busca ativa, não houve ação concreta de um problema tão grave. Veja, dos R$ 76 milhões, apenas R$ 22 milhões foram gastos. Esse dinheiro tem que ser gasto agora, a doença é um problema real. Quanta famílias mais terão que sofrer?”, criticou durante entrevista à Rádio Fan FM, na manhã desta segunda-feira (03).
Ele também recriminou, veementemente, a postura da gestão municipal em relação a situação vivida pela população mais carente da cidade. Em seu entendimento, essa postura causa a impressão de que o prefeito, diferente do discurso apresentado, preocupa-se mais com ações publicitárias, esquecendo-se do que realmente importa: agir em favor do povo.
“Eu nunca precisei de muletas, tenho o meu nome testado. Mas eu tenho muito orgulho do que o PT criou, e eu fiz parte dos governos de Déda e de Lula. E se eu estivesse à frente da Prefeitura, eu faria UTIs, compraria respiradores, faria o projeto de renda básica, faria ampla testagem. Eu vi o que Déda e o Senador Rogerio Carvalho fizeram pela saúde em Aracaju. Os hospitais municipais, as unidades básicas de saúde, as equipes de saúde básica, uma estrutura que beneficiava a população. Gestor bom é quem prioriza a saúde, e o atual prefeito não é bom gestor”, finalizou.
Fonte: Assessoria de Imprensa





