O que disseram os sergipanos derrotados nas urnas para o Senado
Favoritos ao Senado não convencem eleitores e ficam sem mandato
Política | Por Fernanda Araujo 09/10/2018 11h15

Com a derrota nas urnas, candidatos ao Senado Federal por Sergipe começaram a se manifestar por meio de suas redes sociais e na imprensa sobre o resultado das eleições deste ano. O pleito, que elegeu Rogério Carvalho (PT) e Alessandro Vieira (Rede) – considerado surpresa nesta eleição -, foi marcado por votações expressivas que retiraram do páreo os quatro favoritos.

O tão desejado mandato de oito anos em Brasília tirou da corrida o atual senador Valadares (PSB), que possuía três mandatos consecutivos. Em seu perfil de uma rede social ele avaliou o resultado da eleição como democracia e a tradução da vontade do povo, preferindo eleger outros concorrentes, e disse: “não desistirei do meu Sergipe, estarei em outras trincheiras na luta para preservar o seu sagrado nome, e me ombrear a quantos queiram dias melhores para a nossa gente”, postou.

Ele ainda agradeceu os votos recebidos e parabenizou a vitória dos concorrentes. “Um mandato de senador, enquanto durar, transpõe a simples volúpia pelo poder para se transformar numa vanguarda permanente em defesa do Estado e da nação”, disse.

Em entrevista à Fan FM, o pastor Heleno (PRB) fez críticas ao andamento da campanha, precisamente contra seu companheiro de chapa, André Moura (PSC), que também disputava uma vaga no Senado. Heleno declarou que foi boicotado pelo então deputado federal, que, segundo ele, tentou enfraquecer sua candidatura ao pedir votos para o delegado Alessandro Vieira. “Ele não acreditava que o delegado pudesse ganhar e por isso tentou tirar votos que poderiam ser dados a mim. Foi uma postura egoísta”, condenou.

Heleno atribuiu ainda a derrota de Eduardo Amorim (PSDB), candidato ao Governo pelo bloco, à falta de união do grupo e justificou a derrota nas urnas a esta divisão, dando a entender que deve retornar ao grupo de situação, do qual fazia parte.

André Moura não concedeu entrevista, mas em seu perfil de rede social apenas agradeceu os votos dos sergipanos, aos companheiros de trabalho, às lideranças políticas e aos que contribuíram com a campanha de forma direta ou indireta. "Não foi desta vez, mas a vida segue em frente. O trabalho não pode parar! Aos vitoriosos, meu desejo de que possam contribuir para melhorar a vida do nosso povo”, postou.

Já Jackson Barreto (MDB), durante entrevista feita após o resultado do primeiro turno, declarou que respeita a vontade popular e fica contente com o desempenho de Belivaldo Chagas, que concorre em segundo turno ao Governo, e com a vitória do companheiro de chapa Rogério Carvalho ao Senado.

“A beleza da democracia está em seu direito de escolha, cabe a mim agora parabenizá-los e dizer que a democracia foi fortalecida. Sergipe estará muito bem representado. E é isso mesmo, eleição se ganha, eleição se perde. Estou muito satisfeito, não vou deixar de amar nunca o meu estado, o meu povo. E aquilo que ainda eu puder contribuir com a minha vida pessoal, sem nenhum mandato, contribuirei”, ressaltou o ex-governador.

Para ele, o que provocou a derrota foi a rejeição dos servidores públicos “por causa dos salários”, além do fato de ter pedido que não fosse votado em uma eventual eleição, durante uma entrevista. “Não tenho menor dúvida. Eu analisei pelos resultados eleitorais de vários estados. Diversos governadores que tiveram problemas com servidores públicos estavam todos em situação muito difícil”, afirmou.

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