Por Laís de Melo

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, acredita que o ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, é o sucessor político de Marcelo Déda, governador de Sergipe falecido recentemente. “Os dois, juntos, inovaram a política no estado de Sergipe”, avaliou. Segundo Rabelo, é pensando assim que o partido concordou em lançar Edvaldo como pré-candidato ao Senado Federal na manhã desta terça-feira (21) em uma coletiva que aconteceu no auditório das comissões da Assembleia Legislativa.

Por outro lado, o pré-candidato acredita que após a morte do governador as coisas podem mudar, pois a capacidade de manter os partidos aliados em união era característica dele e não existe mais. “A capacidade de ajeitar todos os interesses desapareceu, agora é hora de novos atores assumirem a cena”, disse Edvaldo. Ele ressaltou que a aliança está fragmentada devido ao episódio que colocou em xeque a coligação entre os partidos PSB e PT com a exoneração repentina do superintendente da Caixa Econômica, Luciano Pimentel.

Mesmo achando que o que aconteceu é bastante negativo, Edvaldo acredita que a resposta do senador Valadares (PSB) foi uma posição de reação. “Você não pode ser atingido da forma como o PSB foi e não reagir. Mas é papel do governador Jackson Barreto recompor essa aliança”, acrescentou.

Além disso, Edvaldo Nogueira revelou estar preparado para disputar diretamente com a senadora Maria do Carmo (DEM). Ao ser questionado se o intimida o fato dela liderar as pesquisas, Edvaldo usou vários exemplos da política de Sergipe como prova de que, mesmo sendo forte, um candidato pode perder. Citou, inclusive, a disputa à Prefeitura de Aracaju no ano 2000, onde ele e Déda tinham apenas 7% de chance, mas venceram a eleição no primeiro turno. “Não tem ninguém tão forte que não possa perder, nem tão fraco que não possa vencer”, concluiu.