Polícia Civil investiga ameaça contra Cassini por apoio a Haddad
Candidato foi expulso do partido de Bolsonaro e deixou o estado por medo de represálias
Política | Por Fernanda Araujo e Will Rodriguez 15/10/2018 13h45 - Atualizado em 15/10/2018 14h00

A Polícia Civil de Sergipe investiga as ameaças sofridas por Eduardo Cassini, que foi candidato ao Governo do Estado no primeiro turno das eleições deste ano pelo PSL. Cassini diz ter sido ameaçado por eleitores do presidenciável Bolsonaro (PSD), após ele ter declarado apoio ao adversário da campanha deste, Fernando Haddad (PT).

De mesmo partido, Cassini seguia como correligionário de Bolsonaro durante toda a campanha e obteve 32.326 votos, mas no segundo turno decidiu desfazer a aliança e optar por apoiar o petista em âmbito nacional e o candidato ao governo de Sergipe Belivaldo Chagas (PSD). Cassini chegou a ser expulso do partido e deixou o estado por medo de represálias.

Em nota pública, Cassini afirma que após pronunciamento em favor dos dois candidatos, “mesmo sendo histórico crítico ao PT e seus governos, passei a receber ofensas, xingamentos, ódio, culminando com diversas ameaças contra mim e contra minha família”. As ameaças teriam sido feitas através do aplicativo de mensagens Whatsapp na semana passada.

O político justificou a mudança de apoio após analisar os projetos de governo de ambos os candidatos à presidência e ao governo do Estado, e se identificar com os candidatos opostos. Ele afirma que após receber as ameaças registrou Boletim de Ocorrência no último dia 11, acompanhado por membros do PT e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia.

“Mesmo estando em lados ideológicos opostos, fui acolhido e respeitado, o que me fez rememorar que jamais sofri nenhum tipo de agressão enquanto candidato ao governo por parte deles [do PT]. Afirmo que sou fiel aos meus valores e a tudo que expus durante a minha campanha, aos meus projetos e à minha história. Se decidi apoiar os candidatos apoiados pelo PT é em razão da compreensão de que o projeto atual deles não conflitava com o meu projeto de Brasil, mesmo havendo discordância em alguns pontos. Entretanto, vi que numa democracia essas discordâncias são debatidas, compreendidas e resolvidas de forma política, não em forma de violência”, disse, afirmando ser a última vez que se manifesta durante o processo eleitoral por se sentir intimidado e temer pela própria vida.

Ao F5 News, a delegada geral Katarina Feitosa, da Secretaria de Segurança Pública, afirmou que o caso segue sob investigação na Delegacia de Repressão a Crime Cibernéticos, pela delegada Rosana Freitas, que deve ouvir Cassini nos próximos dias. “As providências já foram tomadas e esperamos identificar a autoria dessas ameaças o quanto antes”, disse.

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