Prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro, é preso por ordem judicial
Além do prefeito, outras três pessoas são alvos da operação que apura o crime de lavagem de dinheiro
Política | Por F5 News 22/02/2019 07h48 - Atualizado em 22/02/2019 10h45

O Poder Judiciário de Sergipe decretou a prisão preventiva do prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro. As ordens judiciais estão sendo cumpridas desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (22). Segundo uma fonte do F5 News, o gestor foi detido pela Polícia Civil e presta depoimento desde as 10h, no Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), em Aracaju.

Também são alvos desta operação, o genro do prefeito, Igor Ribeiro Costa Aragão - que já se apresentou à polícia - e os empresários Joel do Nascimento Cruz e Gildo Pinto dos Santos. De acordo com o Ministério Público, os investigados tiveram acesso a informações sobre a operação e não foram localizados em seus endereços residenciais. 

A imprensa não teve acesso as dependências do Deotap. Apurado pelo F5 News, Igor e Valmir chegaram à delegacia em um veículo Toyota SW4, às 10h10, acompanhados pelos advogados Evânio Moura e Fabiano Oliveira. Eles devem ser ouvidos pelo promotor de Justiça e diretor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Bruno Melo, do Ministério Público.

Ainda estão sendo alvos de buscas a sede da Prefeitura de Lagarto, as Secretarias Municipais de Finanças e Administração, o Matadouro de Lagarto, a sede da empresa JML COMÉRCIO e as residências do prefeito, do genro e de laranjas dele e o administrador do Matadouro Municipal.  

Em novembro do ano passado, Valmir já tinha sido afastado do cargo por conta destas investigações, mas retornou cerca de um mês depois.

Segundo a denúncia do Ministério Público, os valores recebidos pelo abate dos animais são destinados aos custos das atividades e manutenção do matadouro, mas o montante que sobra é “repassado diretamente ao Prefeito em espécie”. Ainda segundo o MP, não há emissão de documento de arrecadação municipal e não é pago qualquer imposto decorrente da atividade desenvolvida no espaço público, que estaria cedido à iniciativa privada.

Constam na Ação Civil Pública declarações dos secretários municipais e também do administrador do matadouro, Eronildes Almeida de Carvalho, que já foi afastado por uma decisão de primeiro grau. Nelas, os gestores afirmam que desconheciam como funcionava a prestação de serviços no matadouro, que não emitiram guias de recolhimento de tributos e não sabiam como se deu o processo de lotação dos servidores municipais que trabalhavam no matadouro, além de terem contratado mais de 30 pessoas sem carteira assinada para prestar serviços no local. 

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