PSB diz que cadidatura de Sukita prejudica o agrupamento
Mas defesa do ex-prefeito assegura que ele disputa a eleição
Política 11/08/2014 07h51

Por Will Rodrigues

A manhã desta segunda-feira (11) ainda foi de esclarecimentos por parte dos envolvidos no impasse gerado pela segunda prisão do ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita, com relação à validade ou não da sua candidatura a deputado estadual nas eleições deste ano. No mesmo dia da sua prisão, ocorrida no último sábado (9), a executiva estadual do PSB/SE protocolou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o termo de renúncia assinado pelo próprio Sukita. Todavia, horas depois, a assessoria jurídica do ex-prefeito apresentou um novo documento com o objetivo de invalidar a solicitação da legenda. Os pedidos poderão ser analisados pelo pleno na sessão da próxima terça-feira (12).

Em entrevista concedida à Rádio 103 FM, o primeiro secretário estadual do PSB, Jorge Rabêlo, afirmou que a declaração foi assinado por Sukita, anteriormente, como uma forma de precaução para o caso dele voltar a ser preso. Jorge ainda admite que setores do partido acreditam que a candidatura de Manoel pode prejudicar o agrupamento.

O ex-secretário ainda argumentou que a situação é desconfortável, pois expõe o PSB/SE. “O partido não pode admitir a candidatura de uma pessoa que está recolhido em uma cadeia, que foi preso pela segunda vez em menos de 30 dias e ficar exposto a essa situação. A providência foi tomada antes mesmo de ocorrer a prisão. Se a justiça eleitoral entender que ele pode ser candidato é questão judicial, mas diante do partido, o que ele tinha que fazer já foi feito”, pontuou.

Defesa

Apesar de assegurar que não iria interferir na questão política, o advogado do ex-prefeito, Emanuel Cacho, afirmou que entende o posicionamento do partido, mas que as questões partidárias entre seu cliente e o partido deverão ser resolvidas judicialmente. Ele ainda defende a vontade de Sukita de manter o nome na disputa eleitoral. “O segundo documento foi assinado na delegacia, na frente dos policiais. Naquele momento eu dizia: você pode ter assumido “Ns” compromissos, mas declaração de vontade você faz no momento em que a oportunidade surge. É dado ao cidadão o direito de rever suas decisões a depender da situação. A questão eleitoral é do partido. Como criminalista, achei a decisão inoportuna, pois penso que isso iria prejudicar a minha luta, porque fica parecendo que o fato dele ser candidato o levou a prisão, e isso está errado”, declarou, informando que a nunca foi informado sobre a possibilidade de renúncia e assegurando que “Sukita é candidato e continua candidato”.

Lembre o Caso

Uma operação conjunta  da Polícia Civil, Controladoria Geral da União (CGU), Polícia Federal e Ministério Público Federal, deflagrada no dia 03 de junho passado, culminaram na prisão de Sukita e também de sua mulher, Silvany Yanina Mamlak, a irmã de Sukita , Clara Miranir Santos, e o ex-secretário de Finanças de Capela, José Edivaldo dos Santos.

Cerca de um mês depois, no dia 13 de julho, um alvará de soltura assinado pelo juiz federal Carlos Rebelo, da 9ª Vara Federal de Sergipe, sediado em Propriá, colocou o ex-gestor em liberdade. 

No dia 18 de julho, o Ministério Público Federal em Sergipe (MPF) recorreu da decisão alegando que a suspensão das prisões foi realizada sem a apresentação de um fato novo por parte da defesa e sem a manifestação do MPF. O mandado de segurança foi acatado pelo relator, Francisco Queiroz Cavalcanti, e na manhã do último sábado, Sukita voltou a cadeia. Ele está na 3ª Delegacia Metropolitana e deve realizar na manhã de hoje o exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal de Sergipe (IML), de onde poderá ser conduzido novamente ao presídio.  

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