PSC só pode apoiar ida de Belivaldo para o TCE, se PSB romper com Déda
Juízo é Gilmar Carvalho, ameaçando deixar o grupo de Amorim
Política 29/02/2012 09h47

Por Joedson Telles

Prestes a entregar a cadeira que senta na Assembleia Legislativa ao titular Zeca da Silva (PSC), exonerado pelo governador Marcelo Déda (PT), no dia de ontem, o deputado estadual Gilmar Carvalho (PR) colocou os líderes do seu grupo na parede, na manhã desta quarta-feira 29, no seu programa na Ilha FM. Segundo Gilmar, no momento que Déda exonerou membros do PSC e a irmã da deputada estadual Maria Mendonça (PSB), Carminha Mendonça, do Detran/Se, mudou tudo em relação à indicação do secretário de Educação Belivaldo Chagas (PSB) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Com o novo cenário, Gilmar defende que o PSC condicione o apoio a Belivaldo ao rompimento do senador Antônio Carlos Valadares, líder maior do PSB, com o governo Marcelo Déda.       

“Agora vamos tratar tudo na base da política. Não foi assim que Déda fez? Quem está com o governador está contra a gente (o grupo do PSC). Da mesma forma que deixei o governo João Alves, com máquina do governo, com a Rádio Jornal..., eu deixei. Por que não posso deixar Amorim? Se um integrante do PSB, uma só pessoa indicada por Valadares, for mantida no governo, eu não aceito, em hipótese alguma, que os irmãos Amorim orientem sua bancada para votar na indicação de Belivaldo Chagas. Eu deixo o grupo. Romper é uma palavra muito forte. Mas me afasto politicamente do grupo. Vou à sala de Amorim e digo: está aqui o programa, fique à vontade. Se você entender minha posição, e quiser que eu continue fazendo programa, vai ser uma alegria, mas não sou traidor”, disse Gilmar.     

Segundo o deputado, a forma como os membros do PSC e a irmã de Maria Mendonça foram exonerados do governo demonstra que quem rompeu foi o governador Marcelo Déda. “Eu, se fosse Maria Mendonça, entregaria todos os cargos. Se o PSB se mantiver no governo é porque não há solidariedade da direção do PSB aos seus aliados. Não houve traição dos deputados, que sempre votaram nos projetos do governo e tomaram uma decisão interna: resolveram eleger a chapa que o governador não quis que o PT participasse. Aliás, aliados se expuseram muito, como eu, para que ele (Déda) chegasse ao poder e fosse reeleito. Ou ele foi reeleito só com os votos dele? Ninguém ganha sozinho. Está nas mãos do senador Valadares dizer a Sergipe se ele é solidário ou não. O senador Valadares vai ter que escolher um lado”, avalia Gilmar.

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