"Se eu propuser privatização da Deso peço que votem contra", diz Belivaldo
Governador volta a afirmar que não vai privatizar a companhia de Sergipe
Política | Por Fernanda Araujo e Will Rodriguez 03/09/2019 18h45 - Atualizado em 04/09/2019 12h01

O governador Belivaldo Chagas garantiu de forma veemente que não vai privatizar a Companhia de Saneamento de Sergipe - a Deso , afirmando que, mesmo na hipótese de propor a medida, pediria que os deputados estaduais fossem contrários. Da mesma forma, ele cita que isso cabe ainda ao Banco do Estado (Banese), que também tem sido alvo de polêmicas devido à venda de ações

A suposta possibilidade de privatizar a Companhia de Saneamento de Sergipe ainda repercute no meio político e na imprensa. Isto porque a realização de um Edital de Chamamento Público para estudos de viabilidade dos serviços por meio de empresas tem gerado críticas, mas segundo o governo, a intenção é viabilizar melhorias no fornecimento de água e esgotamento sanitário à população, optando por parceria público-privada ou com ações no mercado.  

Durante visita à obra do Atheneu Sergipense nesta terça (3), Belivaldo repetiu a intenção de manter o Estado como majoritário das ações da Deso, sem perder o comando da diretoria. Atualmente, o governo é detentor de 98% das ações da Companhia. O governador lembrou que, para a privatização, um projeto teria que ser encaminhado à votação na Assembleia Legislativa (Alese).

"Não posso nem mentir, senão iam me pegar na mentira no momento em que o projeto chegasse à Assembleia. Portanto, já vou fazer aqui o pedido. Se eu vier a encaminhar esse projeto de privatização da Deso para a Assembleia, já peço aos deputados que votem contra", disse Belivaldo, que participou ontem de uma reunião com empresas interessadas no Edital e que receberam prazo de cem dias para apresentar os estudos de viabilidade.

Sobre o estudo relacionado ao Banese, Belivaldo informou que a expectativa é que esteja concluído até abril de 2020. "Há mais de um ano estamos fazendo esse estudo. As grandes empresas, quando chegam a um determinado nível de investimento, buscam outros parceiros. O que vier vai fortalecer o banco, vai ter dividendos para o Estado reinvestir em outras áreas carentes de investimento por não ter recursos. Em nenhum momento vamos perder o controle acionário do banco. É uma maneira que temos hoje de captar recursos extras. O Estado hoje não tem condições de investir no Banese, então é natural que faça isso", completou o governador.

 

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