"Se forçar a barra, não aprova nada", diz Bolsonaro sobre Previdência
Presidente participou de café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto
Política | Por Agência Brasil 14/06/2019 17h30 - Atualizado em 14/06/2019 18h05

O governo deve ceder para ver a reforma da Previdência aprovada, afirmou hoje (14) o presidente Jair Bolsonaro, em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, ao analisar a tramitação da proposta no Congresso. Ele alertou, no entanto, que é preciso trabalhar no limite da economia esperada com as alterações nas regras de aposentadoria. O relator do projeto na comissão especial da Câmara dos Deputados, Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentou parecer ontem (14) com diversas mudanças em relação à proposta original enviada pela equipe econômica no fim de fevereiro.

"Os Poderes são independentes e agora a bola está com o Legislativo. Nossa base é diferente, vamos pelo convencimento. Ontem tiraram o BPC [Benefício de Prestação Continuada], [aposentadoria] rural, estados e municípios [da reforma]. Não há consenso sobre estados e municípios, se a gente forçar a barra, pode não aprovar nada. É natural ceder, mas no limite curto da economia para sinalizar que estamos fazendo o dever de casa."

Segundo ele, um dos problemas da exclusão de servidores públicos de estados e municípios da reforma é justamente a resistência, de parte dos governadores, que desejam a mudança, mas não querem se comprometer politicamente. "Tem governador que quer aprovar, mas sem o voto da sua bancada."

O presidente disse que a reforma vai destravar os investimentos no país. "Os empresários querem investir, mas precisam de segurança", acrescentou.

Articulação

Bolsonaro também comentou as dificuldades de articulação do governo no Congresso Nacional e atribuiu o desafio a uma nova forma de o Executivo se relacionar com o Legislativo. "Lá atrás, a articulação era saliva ou [cargos em] estatais? (...) Essa interlocução no passado era feita de uma forma e resolvemos fazer diferente", afirmou.

Santos Cruz

Perguntado sobre os motivos que levaram à demissão do general Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo, Jair Bolsonaro disse que "problemas acontecem", mas que a "separação foi amigável".

O substituto de Santos Cruz será o também general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, comandante militar do Sudeste. O presidente ressaltou a experiência do novo ministro com articulação política, já que ele foi assessor legislativo do Exército no Congresso Nacional por dois anos.

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