Rogério afirma não ter informações sobre a FHS
“Faz três anos que deixei de ser secretário, e não indiquei nenhum”
Política 09/11/2012 17h39

Por Joedson Telles

Provocado sobre a situação da saúde pública, no momento em que o Ministério Público do Estado (MPE) move uma ação civil para que o Estado reassuma o Hospital João Alves e a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, hoje sob a batuta da Fundação Hospitalar de Saúde, o deputado federal Rogério Carvalho (PT) observou, nesta sexta-feira 9, que não é mais secretário de Estado da Saúde do governo Marcelo Déda (PT). “Não tenho as informações precisas sobre o que está acontecendo. Deixar isso claro: não sou secretário. Faz três anos que deixei de ser secretário, e não indiquei nenhum dos secretários que me sucedeu. Apenas faço parte de um bloco político, e acredito num projeto para a saúde pública. O projeto de saúde pública de Sergipe é referência para o projeto de saúde pública do Ministério da Saúde”, disse.     

Rogério, todavia, observou que, obviamente, sem dinheiro nem o projeto de Sergipe e nem o do governo federal vingam. “O dinheiro para a saúde pública é insuficiente. Ou a gente acha que é suficiente gastar R$ 30,00 por cidadão sergipano (ano) com a saúde? R$ 40,00? Quanto uma pessoa paga por plano de saúde por mês? O sergipano não tem por ano o que uma pessoa que paga um plano de saúde tem por mês, para ter parte dos serviços que o setor público dá. Então, temos uma crise de financiamento”, diagnosticou, assegurando que a crise se agravou depois que não se prorrogou a CPMF. “Que foi uma posição do DEM e do PSDB.”

O deputado salientou que o governo Marcelo Déda herdou uma situação (do governo João Alves Filho) na qual os hospitais públicos estavam todos terceirizados. Segundo ele, foi feito um acordo com o Ministério Público do Estado no sentido de o Estado reassumir o comando, desprivatizando-os. “E quando se traz do privado para o público o aumento do custo operacional é inevitável – aumentou  a prestação de serviços, o que precisa ser contabilizado, aferido para que não se faça uma injustiça com o projeto (FHS) que deu condições para que o Estado montar uma estrutura de saúde pública”, disse.   

Proinveste

O deputado explicou ainda a polêmica criada em torno do empréstimo de R$ 727 milhões que o governo do Estado tenta obter o aval da Assembleia Legislativa para contrair junto ao governo federal, através do Proinveste. Na última terça-feira, dia 6, no Sindicato dos Bancários, ao defender o empréstimo, Rogério disse que “nós precisamos evitar que a barbárie política tome conta do nosso estado... Não podemos permitir que o estado se transforme numa trincheira insana de disputa política”.  A oposição reagiu com os deputados estaduais da oposição Venâncio Fonseca (PP) e Augusto Bezerra (DEM), que ligaram o petista ao caos vivido pela saúde. Os deputados falaram, inclusive, em corrupção na saúde pública de Sergipe, por meio da FHS.   

Rogério Carvalho, por sua vez, assegurou que não foi agressivo. Explicou que disse apenas ser importante que não se perca uma característica dos políticos sergipanos: a responsabilidade com o povo de Sergipe. O petista lembrou que, na sua história, Sergipe se destaca em relação a outros estados do Nordeste porque sempre se estabeleceu um limite da disputa política entre os seus homens públicos.

“Mesmo disputando, todos se uniam quando os interesses de Sergipe estavam na frente. Antes Sergipe. Depois a disputa pelo espaço. Nós estamos, na verdade, reivindicando, pedindo, implorando aos nossos parlamentares que não deixem as disputas menores mesquinhas, substituam o espírito grandioso do estadista daqueles que têm a tarefa de representar e garantir ao povo de Sergipe uma vida melhor, e um futuro promissor que é o que um empréstimo deste tamanho pode trazer para nosso estado”, explicou.       

Com informações da Mega FM

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