Rogério Carvalho perseguiu trabalhador e desmontou a saúde, diz petista
Presidente da CUT reafirma que não se sente à vontade em defendê-lo
Política 30/05/2012 07h42

Por Joedson Telles

O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE), o petista Rubens Marques, o professor Dudu, voltou a afirmar que não se sente à vontade em defender o nome do deputado federal, também petista, Rogério Carvalho (foto) para disputar a Prefeitura de Aracaju. “Eu não me sentia e não me sinto. Cada vez mais, estou convencido que dei uma declaração muito coerente. Primeiro porque eu sou um dirigente sindical de uma central que se respeita. Eu penso naquilo que é bom para os trabalhadores, e Rogério não é bom para os trabalhadores. Eu disse que não me sentia nem um pouquinho à vontade para defender o nome de Rogério Carvalho, e digo o porquê, de forma muito clara”, garantiu professor Dudu. “Eu não posso dizer que votem naquele cara que perseguiu o trabalhador, que desmontou a saúde pública.”

Segundo o petista Dudu, a CUT travou um verdadeiro duelo com Rogério no debate das Fundações da Saúde Pública, mas foi voz vencida. “A CUT dizia que essas Fundações foram uma tragédia, já pegando como parâmetro a fundação Renascer, e o projeto das fundações era pior do que é hoje. Não é pior por conta da intervenção da CUT/se e dos sindicatos filiados. Travamos um bom debate no Ministério Público. Alguma coisa foi melhorada, mas a tese da CUT era para não ter nascido, e não era nem para melhorar. Mas ali era uma ideia fixa de Rogério que ele queria”, observou Dudu.

O presidente da CUT assegurou ainda que o governador Marcelo Déda bancou o desgaste de ver o movimento sindical mais próximo da saúde. “O governador fez o ouvido de mercador. Não se pronunciou. Rogério Carvalho, simplesmente, não considerou o que pensavam os trabalhadores, e digo mais porque não me sentiria nem um pouquinho à vontade para defender o nome dele. Quando ele implementou as fundações tinha servidor no Hospital João Alves, em outros espaços da saúde pública, que foi convocado para aderir à FHS, mas como não queria, era transferido sumariamente. O nome disso é perseguição. Teve gente que entrou em depressão. Tenho um colega que estava no João Alves, zelava pelo que fazia a vida inteira e aí foi transferido para um posto lá no fim do mundo. Foi enxotado do Hospital João Alves porque não quis aderir à FHS”, lamentou.

“Você tem um grupo de trabalhadores que já conhece aquele espaço, aí tira e bota outros porque não quis aderir à FHS. Plano de Carreira diferenciado divide uma categoria, e para revelar que a CUT tinha razão uma dívida de quase R$ 100 milhões dessas fundações. Eu lhe pergunto o que Rogério tem dito disso? A imprensa tem que procurar Rogério. Para piorar mais ainda esse escândalo com esse rapaz aí chamado Carioca numa empresa que praticamente domina os serviços terceirizados na saúde, e, anda e vira, o nome de Rogério entra no debate. Então, em todo esse histórico, eu não oriento um voto sequer de um militante da CUT”, afirma Dudu.

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