Rogério precisa de habilidade para não perder apoio para Henri Clay
“Tem que ter habilidade para discutir com a esquerda”, diz Ana Lúcia
Política 09/04/2012 23h40

Por Joedson Telles

Provocada sobre a possibilidade de uma possível candidatura do advogado Henri Clay Andrade a prefeito de Aracaju enfraquecer uma possível candidatura do deputado federal petista Rogério Carvalho, a deputada estadual Ana Lúcia (PT) salientou que tudo vai depender da habilidade do petista para dialogar com a esquerda. “Se ele (Rogério) é pré-candidato de um partido de esquerda tem que ter habilidade de discutir com a esquerda, e a esquerda prioriza as forças populares. A esquerda tem opção de classe, que é a classe trabalhadora”, alerta.

Segundo Ana Lúcia, uma possível candidatura de Henri Cley representará a frente de esquerda de três partidos: o PSTU, o PCB e o PSOL. “Ele é do PSOL. O PT também é de esquerda, só que na disputa ele (o PT) tem uma aliança que vai para centro-esquerda e também composição conservadora”, observou.

Ana Lúcia assegurou apoio a uma possível candidatura de Rogério. Mas ressaltou que o projeto não pode ser pessoal, mas do partido. “Ele tem que ter projetos do partido dele. A partir de um programa de governo debatido e aprovado pelo partido, ele estará dialogando com outras forças. No nosso debate, apresentamos ao nosso partido não só um diagnóstico, mas eixos principais que a gente acredita”, disse.

Convidada a comentar a declaração do presidente da CUT/SE, Rubens Marques de Sousa, o professor Dudu, que não se sente à vontade em defender o nome de Rogério, Ana explicou que “o companheiro” é um grande quadro da esquerda não só sergipana, mas também brasileira. Segundo Ana, como presidente da CUT, Dudu faz uma análise como líder da classe trabalhadora.

“O companheiro Rogério sabe que a relação dele com vários segmentos dos trabalhadores cujos sindicatos são filiados a CUT foi tensa. Com relação à avaliação que Dudu faz, é uma avaliação política ideológica dele. A CUT não tem necessariamente pessoas filiadas ao PT. Têm pessoas de outros partidos, e tinha o pessoal do PCdoB e do PSTU que saiu e formou outra central. Então, hoje a CUT tem muita gente que não é filiada a nenhum partido e muita gente que é filiada ao PDT, PMDB e outros partidos”, disse.

Segundo Ana, a CUT pauta a questão do direito dos trabalhadores e quando o patrão não abre diálogo, repercute na CUT. “Eu não vejo repercussões disso dentro do partido porque a CUT não pauta isso e nem deve pautar. Só pauta aquela central que é muita atrelada ao partido e que surge pregando autonomia frente ao governo e ao patronato”, finalizou.

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