Eleições 2020
Saiba como foi o primeiro programa eleitoral dos candidatos à PMA
Campanha no rádio e na TV deve se estender até 12 de novembro; veja regras
Política | Por Will Rodriguez 09/10/2020 13h44 - Atualizado em 09/10/2020 19h52

Começou nesta sexta-feira (9) a corrida pela conquista do eleitorado com a propaganda no rádio e televisão. Com as restrições de atos públicos impostas pela pandemia do coronavírus, a mídia audiovisual ganha ainda mais relevância na disputa pelo Paço Municipal. Em Aracaju, apenas sete dos 11 candidatos ao Executivo possuem tempo de exposição no horário eleitoral gratuito. Neste dia de estreia, cinco prefeituráveis tiveram seus programas exibidos, sem grandes mudanças em relação ao conteúdo que já vinham disparando nas redes sociais. 

Com apenas 43 segundos, a candidata Georlize Teles (DEM) fez um resumo de sua biografia, enfatizando momentos da sua juventude, a exemplo da perda de sua mãe aos 16 anos para um câncer. “Sou a única mulher em Sergipe a ter comandado as Secretarias da Segurança Pública e da Justiça. Respaldada na minha história, me apresento para mudar Aracaju”, disse. 

A delegada Danielle (Cidadania) escolheu a Colina do Santo Antônio para iniciar sua campanha na TV e manteve o discurso de combate à corrupção. Ao lado do candidato a vice, Valadares Filho (PSB), prometeu fazer uma “campanha limpa, com propostas objetivas”. Ao final, emendou críticas ao prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) e o desafiou para um debate. “Edvaldo faz maquiagem na cidade com obras eleitoreiras. É por isso que eu lanço o desafio, vamos debater os problemas de Aracaju, Edvaldo. É só você falar o dia, a hora e o local”, provocou. 

Quem também subiu o tom contra o atual prefeito foi o candidato Rodrigo Valadares (PTB), evidenciando o que chamou de “obras eleitoreiras” de Edvaldo, tal qual a candidata que o antecedeu. Em seguida, mostrou imagens de ruas sem saneamento e com outros problemas de infraestrutura. Antes, porém, exibiu uma sequência de depoimentos de pessoas de várias idades que repetiram a frase “Aracaju precisa mudar”.

Candidato a reeleição, Edvaldo Nogueira (PDT) disse que usará os programas para prestar contas da sua atual gestão e apresentou a plataforma de governo denominada de ‘Cidade Futuro’ que, segundo o prefeito, está dividida em seis eixos, focados em tecnologia, economia, inovação, mobilidade, revitalização do centro e zona de expansão. “Foi preciso trabalho, esforço e coragem para chegar a esses resultados. Aracaju já está no rumo certo, agora vamos avançar”, declarou. 

O candidato Márcio Macedo (PT) dedicou todo o primeiro programa para depoimentos do senador Rogério Carvalho, presidente estadual da sigla, e do advogado Henri Clay (Rede). “Nós temos uma história, temos um legado e uma militância que nenhum partido tem. Vamos parar as ruas com compromisso com a cidade, com as pessoas, com a vida”, defendeu Carvalho. Aqui, o destaque é para a ausência da imagem do ex-governador Marcelo Déda (in memorian), que tem sido amplamente explorada pelos petistas nas redes. 

Os candidatos Alexis Pedrão (Psol) e Lúcio Flávio (Avante) não tiveram os programas eleitorais exibidos nesta primeira faixa da propaganda gratuita, embora tenham direito a 20 e 16 segundos, respectivamente.

Programação

A propaganda eleitoral gratuita segue até 12 de novembro. As inserções em bloco, que desde 2016 são exclusivas para candidatos a prefeito, ocorrem de segunda-feira a sábado. Na rádio, as primeiras inserções já foram ao ar entre as 7h e 7h10, e novas inserções ocorrem entre 12h e 12h10. Na televisão, os programas serão veiculados entre 13h e 13h10 e das 20h30 às 20h40.

Além dos blocos, as emissoras são obrigadas a reservar 70 minutos diários para a inserções de 30 a 60 segundos ao longo da programação, sempre entre as 5h e 0h. Desse tempo, 42 minutos são para propaganda de candidatos a prefeito e 28 minutos para candidatos a vereador.

Pelas normas do Tribunal Superior Eleitoral, os candidatos e partidos são obrigados a colocar nas propagandas legenda oculta, janela com intérprete de Libras e audiodescrição, entre outros recursos.

São vedadas peças que possam degradar ou ridicularizar candidatos. Caberá à Justiça Eleitoral julgar os casos de violação a essa regra. Caso condenado, o candidato pode perder tempo de propaganda eleitoral gratuita. Também não é permitida nenhuma propaganda paga em rádio e TV.
 

Edição de texto: Monica Pintosh
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