Eleições 2018
Sônia Meire defende voto facultativo e revogação de medidas econômicas
Líder do PSOL foi a primeira dos candidatos ao Senado a ser sabatinada pelo F5 News
Política | Por Will Rodriguez e Milton Alves Júnior 09/09/2018 12h45 - Atualizado em 10/09/2018 08h04

Única mulher entre os 14 candidatos ao Senado Federal em Sergipe, Sônia Meire (PSOL) é doutora em educação e já testou o nome nas urnas outras duas vezes, mas nunca para um cargo legislativo. Aos 55 anos, defende que sua candidatura é um sinal de resistência e necessária para, primeiro, desfazer medidas adotadas no último ano pelo Governo Federal e, em segundo plano, efetivar direitos de minorias.

F5 News – Enquanto muitos defendem a necessidade da Reforma da Previdência, alegando que o sistema já se mostra insustentável, outros argumentam que sequer existe o apregoado déficit, que o Governo é que destina os recursos da seguridade social a outros fins. Qual a posição da senhora a respeito?

F5N  - Qual a sua posição sobre a reforma política? Ela é necessária e que pontos a senhora pretende defender se chegar ao Senado?

SM – A reforma é necessária, mas não da forma que aí está, muito menos a mini reforma que foi aplicada. Ela não é democrática por não ter realizado uma consulta pública. Nós pretendemos inclusive, eleita sendo, realizar ações que possam garantir de fato uma reforma que garanta as liberdades democráticas e que combata o financiamento de campanha através de investidores acionistas; democratizar da participação dos candidatos independentemente da quantidade de parlamentares; a partir daí você tira todo o direito de concorrer com igualdade quem tem mais horário de TV, inserções, tempo  e demais formas midiáticas de apresentar o programa de governo. Precisamos combater isso. Tudo isso será realizado a partir de plebiscitos para ouvir os eleitores e juntos aplicar na prática os anseios da classe trabalhadora. No nosso programa de governo destacamos ainda o desejo de transformar o voto em facultativo, espontâneo.

F5N - Flexibilização da legislação que trata do porte e da compra de armas ou reduzir ao máximo o acesso da população a elas?

F5N – Muito se fala sobre uma reforma tributária que favoreça a produção em detrimento de especulação, e que seja mais justa e menos burocrática. O que a senhora pensa sobre isso.

SM – Nós defendemos em nosso programa as reformas, como exemplo a Tributária. É impressionante como toda a proposta do governo veio para isentar aqueles que ganham muito. Nós somos contra perdão de dívidas para grandes empresários que exploram a classe trabalhadora, os nossos recursos naturais e depois vão embora deixando uma dívida e um impacto que atinge os próprios trabalhadores.

Nós acreditamos que é preciso que a população entenda que essa reforma tributária que o governo está propondo é para que o governo continue mantendo os privilégios e o controle dos grandes empresários que inclusive com interferência direta do capital estrangeiro. Em 2014 o nosso carro chefe da campanha era promover uma auditoria minuciosa da dívida pública; agora, tanto para a presidência da República como para o governo e para o senado federal nós precisamos fazer a auditoria da divida de todos, lamentamos que a ex-presidente Dilma não tenha sancionado.

O nosso partido participou da criação do projeto, mas nenhum governo realizou essa análise, inclusive o governo petista. Um governo que criou programas sociais para tirar a população da fome, mas o preço que nós pagamos hoje é de muitos juros e amortização de uma dívida que na realidade não contraímos; vai para os banqueiros todos os nossos recursos. Promover uma reforma tributária que implique nessa anistia destinada aos grandes empresários representará uma dívida para nós.

Nós tivemos uma greve dos caminhoneiros recentemente e o que o governo fez foi retirar os impostos dos empresários. Quando o governo toma essa medida ele não está atuando em favor da nossa classe trabalhadora que é quem produz a riqueza desse país, ele está tomando uma medida para atender aos interesses dos grandes empresários. A auditoria da dívida pública e a reforma trabalhista devem ser realizadas de forma paralela em Brasília e em Sergipe.

F5N – Existe no Congresso Nacional um projeto que está na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) que propõe facilitar a obtenção de recursos para aumentar os investimentos no setor de saneamento em todo o país. O que a candidata pensa sobre a alteração na Lei Nacional de Saneamento?

F5N – No atual contexto econômico dos municípios e estados, há necessidade de um novo pacto federativo?

F5N – Candidata, em seu currículo profissional é possível se deparar com sucessivas ações interligadas ao contexto educacional. Caso a senhora seja eleita, educação será a palavra chave tanto para o Estado de Sergipe, quanto para o cenário nacional?

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