“Todas as vezes que se combate a traição alguém coloca a carapuça”
Déda nega ter se dirigido a Angélica. “Valores não podem ser expulsos”
Política 06/06/2012 05h48

Por Joedson Telles

Ao comentar um pronunciamento duro da deputada estadual Angélica Guimarães (PSC), que disse na tribuna da Assembleia, na última segunda-feira, dia 4, entre outras coisas, que a traição foi levar seu povo a votar no PT, o governador Marcelo Déda (PT) assegurou não ter entendido a reação da ex-aliada. Déda provocou o discurso da parlamentar por ter falado em traição, ao inaugurar uma quadra de esportes, em Japoatã, terra de Angélica, na última quinta-feira. O governador, entretanto, garantiu que não se referiu à polêmica eleição da Mesa Diretora da Assembleia - como entendeu não apenas Angélica, mas os demais membros do agrupamento dos irmãos Edvan e Eduardo Amorim.

“Eu apenas falei de mim. Em certos setores da política sergipana há uma ansiedade muito grande em colocar a carapuça na cabeça todas as vezes em que se reafirma valores como a lealdade, companheirismo, solidariedade. Todas as vezes que se combate a prática da traição na política alguém aparece para colocar a carapuça na cabeça”, afirmou o governador Marcelo Déda. “As pessoas têm o direito de interpretar os discursos, os pronunciamentos da forma que melhor lhe aprouver. Não tenho que pedi permissão para fazer pronunciamentos em nenhuma cidade. Nem eu e nenhum sergipano”.

Déda explicou que o discurso foi a propósito das últimas eleições municipais de Japoatã, quando votou em um candidato, mesmo não sendo o mesmo do PT e da deputada Angélica Guimarães, na época sua aliada, para manter sua palavra. O governador lembrou que o PT chegou a protestar, mas ele manteve a palavra. “Foi isso que contei uma história que mostra a importância de ser leal na política. Não citei nome de ninguém. Nem fiz acusações a ninguém”, disse Déda, observando ainda que foi a Japoatã prestar contas do seu governo.           

Déda salientou, por fim, que continuará prestando contas do seu governo sem agredir ninguém. Todavia não deixará de defender os valores que acredita que não podem ser expulsos da política. “Não podemos fazer política sem valores, e um dos principais é a lealdade. Não acho bom para a democracia, e nem para a formação do caráter da juventude, que os líderes passem sem reafirmar valores. Não há política sem valores éticos e morais”, finalizou.

 

Com reportagem de Márcio Rocha   

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