Valmor Barbosa rechaça denúncia de paralisação de obras públicas
Política 13/01/2012 14h43Por Fernanda Araujo
Em entrevista concedida ao radialista Jailton Santana, na Ilha FM, na manhã desta sexta-feira (13), Valmor Barbosa, secretário de Estado da Infraestrutura (Seinfra), rebateu a denúncia feita pelo jornal Cinform, edição desta semana, sobre obras paralisadas em Sergipe. Segundo Valmor, a interpretação de que 78 obras estão paralisadas é um equívoco.
“Não precisa ser engenheiro para entender. O jornalista fez a leitura e verificou obras paralisadas. Ele somou as obras recebidas com os projetos, supervisões, consultorias, que não podem ser classificadas como obras. Nesse total, nós estamos com 22 paralisadas. E algumas dessas nós temos em uma mesma obra, dois ou três contratos. Como o Parque dos Cajueiros, o primeiro contrato foi para que adiantasse a parte de demolição e a parte de demarcação. O segundo foi dado para que depois a empresa começasse a fazer as retificações. Quanto à questão de obras que nós licitamos estamos aguardando a licença de instalação para início da obra,” explica.
Segundo o jornal, o investimento nas obras paralisadas está na casa dos R$ 180 milhões. Há obras em 32 municípios, e 25% delas estão em Aracaju. O secretário, todavia, tem números diferentes.
“De 2007 até 2011, só na Seinfra, já entregamos mais de 305 obras, isso soma em torno de R$ 740 milhões. Hoje, estamos com 75 obras em andamento, perfazendo um total de 360 milhões. Somando os números, ultrapassamos a casa de R$ 1 bilhão”, citando a construção da ponte Gilberto Amado que liga o Porto do Cavalo em Estância ao povoado Terra Caída em Indiaroba a qual está com 93% de execução.
Obras atrasadas
Ainda de acordo, o secretário declara que o atraso das obras é por muitas vezes fruto de atrasos externos além de problemas nas licitações. “Às vezes você encontra algum elemento que a obra tem que ser paralisada, como mudança de projeto. Atraso de entrega do recurso do Governo Federal, muitas vezes tem acontecido, não só no Estado de Sergipe. Isso são motivos para que você paralise aquela obra, para que essas questões sejam resolvidas”.
Ele declara que grande parte do problema se estende ao país, onde não está preparado para a construção civil em massa. “Toda essa questão é porque o número de obras é muito grande. Se olhar Sergipe, na área viária estamos executando n obras simultaneamente, não é mais o perfil de antigamente que esperava terminar uma obra para fazer outra. Todo o Brasil está em obra, mas não está preparado para esse boom da construção. Só na Seinfra a quantidade de projeto que fazemos é quase 40 milhões. Nós temos também projetos de Rio de Janeiro, São Paulo e de Minas Gerais”, justifica.
“A questão que eu defendo bastante: todo órgão que faz parte de obras públicas que vem discutindo em nível de Brasília com os parlamentares há necessidade urgente de fazer adequações na lei. Por exemplo, está no jornal aonde o empresário questiona a contratação por preço menor. O gestor público não tem outra saída. Se o participante atendeu a todas as exigências do edital colocou o preço mais baixo do que os outros e esse preço seja exeqüível ele é o vencedor. Eu não posso ir de encontro a isso”, apontou ele em concordância com o secretário da Sedurb, Sérgio Ferrari.
Valmor fala também que o governo é transparente e que tudo está no site da secretaria. Ele confirma que a Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop) é responsável pelas obras por lei.
“As informações que estão no site não está de acordo com a leitura que o jornal fez. Nós temos esse banco de dados no site da secretaria, aonde mostra os serviços com todas as informações, como prazo, início, término, paralisação. É um governo de muitas obras. É natural que ocorra problemas pontuais em alguns contratos. É uma luta de todos. O que nós não podemos é deixar que queiram desqualificar o nosso trabalho”, declara pedindo direito de resposta ao jornal.
Foto: Mário Souza / Seinfra


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