Venâncio diz que FSF não suporta investigação e quer saída de Carisvaldo
Deputado observa que, condenado, ele prejudica o futebol por não poder fazer convênios
Política 13/06/2011 17h18

Joedson Telles

 

“É preciso saber por que Carisvaldo Souza não entrega a Federação Sergipana de Futebol. Nem remuneração recebe. Por que este apego? Não suporta uma investigação do Ministério Público do Estado. Vamos nos inteirar mais dos problemas da FSF e solicitar que o MPE vá fundo nas investigações, principalmente para saber como foi gasto R$ 4 milhões repassados pelo governo do Estado a Carisvaldo”, prometeu o líder da oposição na Assembleia Legislativa de Sergipe, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP).

 

Com documentos em mãos, Venâncio ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira, dia 13, e observou que o presidente da FSF foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa e não reúne condições de permanecer à frente da entidade.

 

“São duas condenações na Justiça Federal. Uma ele fica impedido, por um prazo de cinco anos, de fazer qualquer tipo de convênio com o poder público. E na outra por mais três anos. Aí é que a situação piora: o campeonato sergipano já está ruim com o Estado repassado dinheiro imagine sem nada por conta da proibição?”, indagou.        

 

Advertindo que isso levará o futebol sergipano ao fundo poço de uma vez por todas, o deputado salientou que Carisvaldo trama mudar o estatuto para continuar no cargo.

 

“E nós temos que cobrar, de hoje por diante, dos presidentes dos times de futebol que são quem vota nele (Carisvaldo)”,observou, lembrando que o futebol sergipano não pode sobreviver tendo uma final cuja renda não ultrapassa R$ 1 mil. “É um absurdo: um futebol com renda média de R$ 500,00. É uma prova da falência. E porque continuar com este cidadão à frente da FSF?       

 

Venâncio lembrou que Carisvaldo está á frente da Federação Sergipana de Futebol há cerca de 20 anos, o que denota que já virou um círculo vicioso. “É a mesmice instalada na FSF: ele administrando como se fosse uma propriedade sua. O governo do Estado diz que repassou mais de R$ 4 milhões à FSF, que até hoje não pagou aos clubes que disputaram a Copa Governador Marcelo Déda, em 2010. Como este dinheiro foi gasto? Queremos saber. É dinheiro público. É preciso transparência. Foram firmados convênios entre a FSF e o governo do Estado”, observou.   

 

Venâncio defende que o próximo presidente da FSF seja um administrador com visão moderna. “Que seja transparente, e abra diálogo constantemente com os presidentes dos times. E não uma ditadura como está acontecendo hoje no futebol sergipano, como vimos o que ele fez com o São Domingos, que disputou a final do campeonato em Aracaju por uma decisão autoritária do presidente da FSF”, disse Venâncio.

 

O São Domingos solicitou jogar a final no Estádio presidente Médici, em Itabaiana, pela proximidade com sua torcida, mas obteve um “não” como reposta de Carisvaldo, que marcou a partida contra o River Plate para o Batistão, em Aracaju. “Marcou os dois jogos para a capital, rasgando o estatuto, que garante ao time de melhor campanha escolher onde quer jogar a final. E ainda ameaçou tirar o São Domingos da Copa do Brasil”, lamentou.

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