Vera Lúcia defende estatização de empresas e revogação das Reformas
Candidata do PSTU cumpre agenda de campanha em Aracaju, nesta segunda Política | Por Fernanda Araujo 17/09/2018 14h16 - Atualizado em 17/09/2018 14h54Redução da jornada de trabalho, reestatizar empresas privadas, reforma agrária e revogação da reforma trabalhista e da Lei das Terceirizações são algumas das principais propostas da presidenciável Vera Lúcia, do PSTU, que cumpre agenda em Aracaju (SE) nesta segunda-feira (17).
Em seu plano econômico, Vera Lúcia diz pretender que a jornada de trabalho seja reduzida sem a redução de salários e que sejam revogadas as leis que, segundo ela, dificultam o acesso dos trabalhadores à aposentadoria e congelaram por 20 anos os investimentos nos serviços públicos. Ainda segundo a candidata, a dívida pública, “que corrói 40% do orçamento da União”, não será paga.
“Precisamos ter um plano de obras que atenda as demandas da população em saúde, transporte, moradia, saneamento básico, educação. Não vamos pagar a dívida porque vamos privilegiar isso. Onde foi parar o dinheiro, onde foi aplicado? Não vamos enviar para fora as remessas de lucro das multinacionais que controlam 70% da economia brasileira e não pagam um centavo para entrar, nem pelas remessas de lucro que retiram”, diz a candidata.
Com o lema “Rebelião”, a presidenciável acredita na desmilitarização da polícia, na reforma agrária – sem indenização do latifúndio -, na reestatização de todas as empresas que foram privatizadas e no fim do privilégio da exportação de produtos primários.
“É inadmissível que a gente exporte petróleo cru, carne, soja, e importe feijão preto da China com o solo que a gente tem. Vamos privilegiar a produção de alimentos para atender as demandas da população. Estatizar portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, com isso vamos gerar empregos, atender os planos de obra pública, acabar com os conflitos de terra. As refinarias estão produzindo aquém da sua capacidade. Podemos investir em tecnologia, no andamento de construções que foram paralisadas, e produzir o que atenda as demandas da população, inclusive subsidiar o gás de cozinha”, afirmou Vera Lúcia.
Segundo ela, o seu plano de governo está centrado na organização dos trabalhadores. Em um eventual governo do PSTU, seriam criados conselhos populares que deliberariam sobre assuntos de interesse do país, inclusive aqueles da alçada do Legislativo. Os conselhos, de acordo com a candidata, seriam constituídos pela classe trabalhadora e desempregados organizados em seus locais de trabalho, estudo e moradia.
“Queremos que os planos de educação e saúde sejam pensados pela comunidade escolar e profissionais de saúde. Que seja criado um plano de tecnologia para aplicação da ciência, expansão da pesquisa. Que a polícia tenha plano de segurança comum com a comunidade, com estratégia de prevenção e pense a alta defesa também com direito de fazer greve e eleger seus comandantes. Precisamos criar novos mecanismos de democracia no país. É outra lógica de sociedade”, completa Vera Lúcia.
Às 15h, Vera Lúcia participa de reunião com lideranças do movimento de pequenos agricultores na Federação dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais de Sergipe. A noite, às 18h30, fala aos apoiadores sobre suas propostas para governar o país.


A proposta também prevê mecanismos para evitar o descontrole dos gastos públicos

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